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Economia

- Publicada em 29 de Maio de 2018 às 18:27

Euro fecha mais uma vez em baixa com incerteza política na Itália

Agência Estado
O euro fechou mais uma vez em queda ante diversas moedas principais nesta terça-feira (29), ainda na esteira da incerteza política na Itália, que, na visão de investidores, já torna praticamente certa a realização de novas eleições no país na qual os eurocéticos Movimento 5 Estrelas (M5S) e Liga poderiam conquistar ainda mais respaldo popular.
O euro fechou mais uma vez em queda ante diversas moedas principais nesta terça-feira (29), ainda na esteira da incerteza política na Itália, que, na visão de investidores, já torna praticamente certa a realização de novas eleições no país na qual os eurocéticos Movimento 5 Estrelas (M5S) e Liga poderiam conquistar ainda mais respaldo popular.
Perto do horário de fechamento em Nova Iorque, o euro recuava a US$ 1,1542, cedia a 125,37 ienes, caía a 0,8709 libra e baixava a 1,1435 franco suíço.
A crise italiana, que já contagia papéis de outros países europeus, acentuou a busca por ativos considerados seguros, como o dólar e o iene. No mesmo horário, a moeda americana tinha queda para 108,63 ienes, mas o índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de seis divisas fortes, fechou em alta de 0,68%, aos 94,833 pontos.
Em mais um dia de impasse político em Roma, o primeiro-ministro designado, Carlo Cottarelli, se reuniu com o presidente italiano, Sergio Mattarella, mas não apresentou uma lista de ministros para o governo interino, como era esperado. Fontes ouvidas pela ANSA relatam ainda que cresce entre os partidos políticos do país o apoio pela realização de novas eleições em 29 de julho.
É exatamente o que querem o M5S e a Liga, cuja tentativa de formar um governo foi vetada por Mattarella após a sugestão de que o economista eurocético Paolo Savona assumisse como ministro de Economia e Finanças. De acordo com a mesma agência de notícias, o líder do M5S, Luigi Di Maio, descartou durante discurso em Napoli a possibilidade de buscar o impeachment de Mattarella.
Na avaliação do economista-chefe para a zona do euro da Pantheon Macroeconomics, Claus Vistesen, os mercados "estão agora precificando uma iminente saída italiana" do bloco da moeda única. Esse cenário, por evidente, exerce forte pressão sobre o euro.
Mas Vistesen ressalva que essa possibilidade "é muito improvável". "Constitucionalmente, seria quase impossível conseguir uma saída rápida da zona do euro", escreve em relatório a clientes da consultoria.
Nesta quarta-feira (30) de manhã, Cottarelli volta a se encontrar com Mattarella para relatar se houve avanços na tentativa de formar um gabinete. Investidores estarão atentos às sinalizações emitidas como fruto da nova reunião.
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