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Economia

- Publicada em 29 de Maio de 2018 às 17:22

Juros longos fecham em forte alta com exterior e leilão de NTN-F

Agência Estado
Os juros futuros de longo prazo aceleraram ainda mais a alta para as máximas do dia na última hora da sessão regular desta terça-feira (29). O mercado, já no começo da tarde, reagia mal ao leilão de compra de Notas do Tesouro Nacional - Série F (NTN-F) e depois piorou mais com o aumento da aversão ao risco no exterior. Turbulências políticas na Itália e na Espanha fazem disparar os juros dos títulos desses países e, nos Estados Unidos, o temor de uma disputa comercial entre EUA e China derruba os juros dos Treasuries.
Os juros futuros de longo prazo aceleraram ainda mais a alta para as máximas do dia na última hora da sessão regular desta terça-feira (29). O mercado, já no começo da tarde, reagia mal ao leilão de compra de Notas do Tesouro Nacional - Série F (NTN-F) e depois piorou mais com o aumento da aversão ao risco no exterior. Turbulências políticas na Itália e na Espanha fazem disparar os juros dos títulos desses países e, nos Estados Unidos, o temor de uma disputa comercial entre EUA e China derruba os juros dos Treasuries.
As taxas dos principais contratos a partir de 2021 fecharam nas máximas, algumas delas avançaram mais de 20 pontos-base. A do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 fechou em 8,95%, de 8,83% no ajuste de segunda-feira, e a do DI para janeiro de 2023 encerrou em 10,61% (10,38% no ajuste anterior). A taxa do DI para janeiro de 2025 subiu de 10,99% para 11,25%.
As taxas curtas e intermediárias também subiram, mas não chegaram a fechar nas máximas. A do DI para janeiro de 2019 terminou em 6,775%, de 6,757% no ajuste anterior, e a do DI para janeiro de 2020 passou de 7,71% para 7,77%.
A manhã era tranquila no mercado, com o dólar em queda favorecendo também o recuo das taxas futuras, movimento visto pelos profissionais de renda fixa como um correção à alta de segunda-feira, em meio ainda à percepção de que a paralisação dos caminhoneiros começa a se desmobilizar. À tarde, o cenário mudou e as taxas passaram a subir, com mais força no caso da ponta longa.
O mercado não gostou do fato de o Tesouro ter reduzido a oferta de compra de NTN-F de 1 milhão na segunda-feira para 750 mil nesta terça. "Ninguém entendeu porque ele diminuiu o lote. Se fosse maior, poderia ter tirado mais risco. Agora quem não conseguiu vender para o Tesouro tem de se zerar no mercado", diz um operador.
Além disso, pesou o ambiente externo. A taxa da T-Note de dez anos, que na segunda-feira estava no patamar de 2,92%, perto das 16h30 caía a 2,768%. Os receios de guerra comercial entre os Estados Unidos e a China amparam o movimento de busca de segurança pelos papéis.
Durante a manhã, a Casa Branca divulgou comunicado no qual indica que continua com planos de impor tarifas sobre US$ 50 bilhões em produtos importados da China, alegando roubo de propriedade intelectual, o que poderá acontecer já no próximo mês.
Nem mesmo o superávit do Governo Central em abril acima do esperado conseguiu melhorar o humor do mercado. O Tesouro informou resultado positivo de R$ 7,187 bilhões, acima da mediana das expectativas do mercado financeiro (superávit de R$ 3,8 bilhões), de acordo com levantamento do Projeções Broadcast.
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