Representante do setor supermercadista, a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) informou que não há risco de desabastecimento de alimentos no Estado. Segundo a entidade, os estabelecimentos gaúchos ainda têm estoques disponíveis para os próximos dez dias.
A exceção são produtos perecíveis, como laticínios, carnes e itens do setor de hortifrúti, em que ainda não é registrado desabastecimento, mas há dificuldade de reposição.
A associação espera que, nos próximos dias, as entregas voltem a ser retomadas normalmente.
Ceasa registra movimento abaixo do normal e alta nos preços
Com a paralisação dos caminhoneiros, o movimento da Companhia de Abastecimento (Ceasa) de Porto Alegre segue em baixa. Segundo a assessoria da entidade, o fluxo segue em 20% da capacidade normal, devido a ausência de consumidores do interior do estado.
O setor mais afetado é o atacadista, já que os caminhões que trazem alimentos de outros estados e de fora da Capital não tem chegado à companhia. Produtos como tomate, cebola e batata são adquiridos apenas de produtores da Região Metropolitana de Porto Alegre.
A companhia inclusive parou de fazer a cotação de preços dos produtos, considerados “especulativos”. O ágio, no entanto, não chega a patamares registrados no centro do País. No Rio de Janeiro, por exemplo, saco de batatas chegou a ser vendido por R$ 500,00 na semana passada.
De acordo com a Ceasa, se a situação fosse normalizada, três dias seriam necessários para retomar o movimento dos dias normais, em que são recebidos de 4 mil a 5 mil compradores por dia.