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Economia

- Publicada em 28 de Maio de 2018 às 18:33

Ações da Petrobras pesam em meio à crise e Ibovespa cai 4,49%

A B3 passa a contabilizar queda de 12,49% em maio e de 1,37% no ano

A B3 passa a contabilizar queda de 12,49% em maio e de 1,37% no ano


NELSON ALMEIDA /AFP/JC
Agência Estado
O Índice Bovespa tombou 4,49% nesta segunda-feira (28), em sua quarta queda consecutiva, e com isso zerou os ganhos que ainda contabilizava no acumulado do ano. Foi a maior queda porcentual desde 18 de maio, quando estourou a crise gerada pela delação da JBS. O índice terminou o dia aos 75.355,83 pontos, menor pontuação desde 22 de dezembro, ainda em razão da crise gerada pela greve dos caminhoneiros. As quedas se concentraram principalmente nas ações da Petrobras, que caíram mais de 14%. O feriado nos Estados Unidos manteve as bolsas locais fechadas, o que reduziu a liquidez dos negócios por aqui, favorecendo a ocorrência de oscilações mais bruscas. Foram movimentados R$ 11,1 bilhões.
O Índice Bovespa tombou 4,49% nesta segunda-feira (28), em sua quarta queda consecutiva, e com isso zerou os ganhos que ainda contabilizava no acumulado do ano. Foi a maior queda porcentual desde 18 de maio, quando estourou a crise gerada pela delação da JBS. O índice terminou o dia aos 75.355,83 pontos, menor pontuação desde 22 de dezembro, ainda em razão da crise gerada pela greve dos caminhoneiros. As quedas se concentraram principalmente nas ações da Petrobras, que caíram mais de 14%. O feriado nos Estados Unidos manteve as bolsas locais fechadas, o que reduziu a liquidez dos negócios por aqui, favorecendo a ocorrência de oscilações mais bruscas. Foram movimentados R$ 11,1 bilhões.
No oitavo dia da paralisação dos caminhoneiros, causou particular desconforto entre os investidores o aumento de concessões feitas pelo governo em atendimento às reivindicações dos grevistas, sem conseguir colocar um fim ao movimento. As medidas anunciadas nos últimos dias foram vistas como uma nítida interferência do governo nos preços do diesel e o temor é de que essa postura se estenda aos demais combustíveis. Além disso, segue no radar o temor de que a grave se estenda a outras categorias.
"As várias concessões mostram o quão frágil o governo está. Mostram que há uma incapacidade de articulação. O governo fez tudo o que pediram, mas a paralisação continua e começa a afetar a economia real, com indústrias tendo a produção comprometida pela falta de insumos e de funcionários", disse Glauco Legat, analista da Spinelli Corretora.
O analista ressalta a multiplicidade de impactos da paralisação, passando não apenas pela economia, mas também pela questão eleitoral, com possibilidade de o eleitor se tornar mais avesso a reformas. "Em meio a esse cenário, temos o mercado internacional, que se mostra ruim para os emergentes. Os investidores estrangeiros estão olhando a alta dos Treasuries e se perguntam se vale a pena correr o risco dos emergentes", disse.
Com o resultado de hoje, o Ibovespa passa a contabilizar queda de 12,49% em maio e de 1,37% no ano. Petrobras ON caiu 14,07% hoje, acumulando perda de 19,53%. Já Petrobras PN perdeu 14,60% hoje, com queda de 26,26% no mês. A estatal aprofundou as perdas com a notícia da Coluna do Broadcast de que Pedro Parente cogita trocar a presidência da Petrobras pelo comando da BRF. O risco político também afetou as ações do Banco do Brasil (-7,34%), que lideraram as fortes perdas do setor financeiro.
A B3 informou no início da tarde que na última quinta-feira (24) os investidores estrangeiros retiraram R$ 1,568 bilhão do mercado brasileiro de ações. Naquele dia, o Ibovespa caiu 0,92%. Com essa retirada, o saldo líquido de maio está negativo em R$ 5,487 bilhões, o que leva o acumulado do ano a ficar no vermelho pela primeira vez, em R$ 1,065 bilhão.
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