O dólar volta a ultrapassar os R$ 3,70, em alta pela terceira sessão seguida em meio à apreensão com a continuidade da greve de caminhoneiros pelo oitavo dia consecutivo, e anula o efeito de baixa sobre os juros futuros na abertura da sessão dos leilões extraordinários de títulos do Tesouro. Além disso, há cautela diante da ameaça de greve da Federação Única dos Petroleiros, por 72 horas, a partir da meia-noite da próxima quarta-feira (30). Envolvido na greve dos caminhoneiros, o governo quer deixar essa discussão para um segundo momento.
Mais cedo, as taxas futuras renovavam máximas em toda a curva, por causa da continuidade da greve, dos sinais de piora fiscal e do dólar em alta. As medidas até agora anunciadas pelo governo devem ter impacto fiscal de R$ 9,5 bilhões. Na noite desse domingo (27), o presidente Michel Temer anunciou em cadeia nacional as medidas, em meio a panelaços em todo o País.
Às 9h44min desta segunda, o DI para janeiro de 2019 estava 6,73%, de 6,675% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2020 marcava 7,67%, de 7,59% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 exibia 8,79%, de 8,76%, enquanto o vencimento para janeiro de 2023 estava em 10,35%, de 10,29% no ajuste de sexta-feira, No câmbio, o dólar á vista subia a R$ 3,7040 (+1,10%) neste mesmo horário. O dólar futuro de junho avançava a R$ 3,7040 (+1,44%).
Na semana passada, a curva de juros passou a embutir prêmio maior na parte longa em meio à crise desencadeada pela greve dos caminhoneiros. Por isso, na sexta-feira, o Tesouro Nacional anunciou leilões extras para esta segunda, terça-feira e quarta-feira.
A operação envolverá papéis com vencimento em 01/01/2025, 01/01/2027 e 01/01/2029 em cada um desses dias sempre às 11h. Ao mesmo tempo, a instituição cancelou os leilões de venda de Notas do Tesouro Nacional - Série B (NTN-B), programado para terça-feira, e de venda de NTN-F e Letras do Tesouro Nacional (LTN), na quarta-feira.