Os rebanhos bovinos de corte no Rio Grande de Sul apresentam perda de peso devido à diminuição da qualidade e também da oferta de forragem, de acordo com a Emater. Com o desenvolvimento das pastagens anuais de inverno, a tendência é a retomada do ganho de peso.
De maneira geral, os bovinos encontram-se em boas condições sanitárias, porém ainda persiste o ataque de ectoparasitas, principalmente carrapatos, moscado-chifre e bernes; com o frio, o problema poderá diminuir nas próximas semanas. Há dificuldade para controlar as infestações de carrapatos, devido à resistência aos princípios ativos utilizados. No período, ocorre a imunização das terneiras de três a oito meses de idade contra a brucelose bovina.
Os preços do gado gordo e da carne têm se mantido estáveis devido à crise e à instabilidade do mercado. O preço não tem reagido como acontecia nos outros anos. O gado de reposição está com preço abaixo do esperado pelos pecuaristas. Somente animais de sobreano e terneiros encontram mercado específico (exportação em pé para o Oriente Médio), obtendo preços de até R$ 6,50/kg vivo, considerado justo pelos pecuaristas.
Por parte de alguns produtores, começa a ocorrer neste período a aquisição de animais para engorda. Em Pinheiro Machado, a comercialização teve uma pequena alta, devido à procura de animais de recria para serem alojados nas restevas das áreas de soja. Em Capão do Cipó, também há maior procura no momento por animais magros e terneiros para desenvolvimento e engorde nas pastagens; poucos negócios em relação ao gado gordo. Em Bossoroca, ocorreu a Feira do Terneiro, com pouca procura por crédito; foram comercializados em torno de 500 animais, com preços de R$ 6,65/kg vivo para os terneiros machos; R$ 5,06/kg vivo para as novilhas; e R$ 4,90/kg vivo para as terneiras.