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Economia

- Publicada em 24 de Maio de 2018 às 14:13

Com paralisação de caminhoneiros, Ceasa tem 20% da oferta normal de abastecimento

Paralisação nas estradas afetou o movimento nas bancas do setor atacadista do centro de distribuição

Paralisação nas estradas afetou o movimento nas bancas do setor atacadista do centro de distribuição


FOTOS FREDY VIEIRA/JC
Bruna Oliveira
O movimento atípico nos corredores e estacionamentos da Ceasa de Porto Alegre nesta quinta-feira (24) dava o tom dos efeitos da greve dos caminhoneiros, que já atinge o abastecimento de alimentos no Estado. A quinta-feira é o dia de maior movimento no centro de distribuição, quando os clientes garantem as compras para o fim de semana, mas o que chegou para ser vendido no dia de hoje não passou de 20% da oferta normal.
O movimento atípico nos corredores e estacionamentos da Ceasa de Porto Alegre nesta quinta-feira (24) dava o tom dos efeitos da greve dos caminhoneiros, que já atinge o abastecimento de alimentos no Estado. A quinta-feira é o dia de maior movimento no centro de distribuição, quando os clientes garantem as compras para o fim de semana, mas o que chegou para ser vendido no dia de hoje não passou de 20% da oferta normal.
"A partir de hoje, nós passamos a lidar com o desabastecimento, o que é gravíssimo", alerta o diretor-presidente da Ceasa, Ernesto Teixeira, lembrando que a Ceasa é responsáveis por 40% do abastecimento de hortifrutigranjeiros do Rio Grande do Sul.
O abastecimento no setor atacadista da Ceasa é perto de zero, já que os caminhões que trazem alimentos de outras cidades e Estados não conseguiram chegar. O que segura a movimentação no mercado, onde os produtos são vendidos diariamente, são os alimentos de produtores da Região Metropolitana de Porto Alegre e de regiões onde motoristas conseguiram rotas alternativas. Os compradores também compareceram em menor número, causando baixas também na outra ponta do setor. 
Com a queda na oferta dos alimentos, a consequência imediata será a alta nos preços. "Já quase não há mais tomate, por exemplo, e, inevitavelmente, os preços vão subir", explica Teixeira, citando que a caixa do produto, que custa entre R$ 60,00 e R$ 70,00, já está custando mais de R$ 100,00.
Sérgio Di Salvo, presidente da Associação dos Atacadistas da Ceasa, contabilizava na manhã de hoje que nenhum caminhão vindo de outro Estado havia chegado ao local. "Hoje seria o melhor dia de vendas e o mercado está vazio. Não se perde muito porque sequer chegou mercadoria".
A dificuldade de enviar os alimentos ao seu destino final foi o que acabou garantindo a mercadoria do atacadista Nei Lemes. Ele comprou uma carga de moranga cabotiá que vinha da Bahia para ser entregue na Fronteira Oeste do Estado, e sem possibilidade de chegar lá, acabou ficando por Porto Alegre. "Se eu dependesse dos produtores daqui, o pessoal não conseguiria trazer. Paguei 30% a mais e o meu lucro vai ter que ser esse", diz.
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Lemes comprou carga que seria mandada para a Fronteira Oeste para garantir mercadorias na banca
Outra parte do carregamento de moranga cabotiá veio pelo produtor e caminhoneiro Elmo Garcia, que levou três horas de Arroio dos Ratos até Porto Alegre. "Vim costurando", conta, emendando que, apesar do contratempo, é a favor da paralisação e acredita que o setor precisa urgentemente de melhoras, não só em relação à tributação dos combustíveis, mas também de melhor infraestrutura nas estradas.
Em média, a Ceasa tem oferta de 4,3 mil toneladas de alimentos, diariamente. A previsão nesta quinta era de apenas 870 toneladas, conforme estimativa calculada a partir das notas fiscais que deram entrada na gerência de operações. Encerrada a paralisação dos caminhoneiros, a projeção da central é que leve ainda três dias para retomar a normalidade do abastecimento.
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