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Economia

- Publicada em 21 de Maio de 2018 às 23:03

Governo busca saídas para a disparada dos combustíveis e quer maior previsibilidade das variações

Petrobras será questionada sobre possíveis mudanças, disse Padilha

Petrobras será questionada sobre possíveis mudanças, disse Padilha


EVARISTO SA/EVARISTO SÁ/AFP/JC
O governo federal fez uma reunião ontem à noite para discutir a disparada dos combustíveis, mas não conseguiu chegar a uma decisão. Hoje, terá mais rodadas de reuniões. A primeira delas será pela manhã, no Ministério da Fazenda, onde o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, receberá o presidente da Petrobras, Pedro Parente, e o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco. Eles deverão tentar encontrar uma forma de evitar oscilações tão frequentes no preço da gasolina e do diesel no mercado doméstico.
O governo federal fez uma reunião ontem à noite para discutir a disparada dos combustíveis, mas não conseguiu chegar a uma decisão. Hoje, terá mais rodadas de reuniões. A primeira delas será pela manhã, no Ministério da Fazenda, onde o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, receberá o presidente da Petrobras, Pedro Parente, e o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco. Eles deverão tentar encontrar uma forma de evitar oscilações tão frequentes no preço da gasolina e do diesel no mercado doméstico.
Nesta segunda-feira, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que participou da reunião sobre o tema convocada pelo presidente Michel Temer, disse que a Petrobras seria chamada a conversar sobre uma maneira de dar mais previsibilidade às variações de preços dos combustíveis. "O presidente da República, ao convocar a reunião, mostrou-se preocupado com o aumento constante dos combustíveis e ele gostaria de ver isso resolvido de forma mais palatável por parte dos cidadãos, dos caminhoneiros e dos usuários do sistema de abastecimento dos combustíveis", disse.
Há, porém, fortes limites ao que o governo pode fazer em relação a esse impasse. A política de atrelar os preços dos combustíveis à variação do petróleo no mercado internacional é um dos pilares da gestão de Pedro Parente na Petrobras e foi muito bem recebida pelo mercado, ao marcar uma diferença fundamental em relação à administração da empresa no período em que Dilma Rousseff era a presidente da República. Naquele período, os preços eram segurados para não alimentar a inflação, e o resultado foi bem ruim para a estatal.
Com a nova política, a empresa demonstra ao mercado que possui autonomia e não atua para atender os interesses de governo, mas dos seus acionistas. Mexer nisso agora seria um grande problema para o governo.
Reduzir impostos também seria uma saída difícil nesse momento, como deixou claro o ministro Eduardo Guardia. "Uma discussão (sobre a redução da tributação sobre combustíveis) começou no governo, mas não há uma decisão", disse, em teleconferência com a imprensa internacional. "Não temos essa flexibilidade, em razão da consolidação fiscal. Optamos por não aumentar impostos, porque a nossa estratégia é de reduzir custos. Mas não temos espaço para cortar tributos no momento."
Plinio Nastari, presidente da consultoria Datagro, defende a política de preços seguida pela Petrobras. "Temos de ter consciência de que, no Brasil, não existe combustível fora do preço de mercado. Os preços que estamos observando são os que refletem aproximadamente a realidade de preços internacionais."
A reunião do governo desta segunda-feira foi marcada depois de os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado Federal, Eunício Oliveira (MDB-CE), também se manifestaram sobre o assunto. Os líderes do Parlamento divulgaram uma nota conjunta ontem dizendo que as duas casas devem formar uma comissão para debater o preço dos combustíveis. "O preço dos combustíveis, no nível em que se encontra, impacta negativamente o dia a dia dos brasileiros", afirmaram.
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