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Economia

- Publicada em 21 de Maio de 2018 às 22:38

Preço do diesel subiu 56,5% em 10 meses

Litro do produto nas refinarias passou de R$ 1,5006 para R$ 2,3488

Litro do produto nas refinarias passou de R$ 1,5006 para R$ 2,3488


/MARCO QUINTANA/JC
Desde que começou a adotar a política de reajustes diários dos preços dos derivados de petróleo, em 3 de julho do ano passado, a Petrobras já elevou o preço do óleo diesel em suas refinarias 121 vezes, o que representou uma alta de 56,5%, segundo cálculo do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). Em pouco mais de 10 meses, o litro do produto passou de R$ 1,5006 para R$ 2,3488. Caminhoneiros promovem protestos nesta segunda-feira, em diversos estados, por conta do encarecimento do combustível.
Desde que começou a adotar a política de reajustes diários dos preços dos derivados de petróleo, em 3 de julho do ano passado, a Petrobras já elevou o preço do óleo diesel em suas refinarias 121 vezes, o que representou uma alta de 56,5%, segundo cálculo do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). Em pouco mais de 10 meses, o litro do produto passou de R$ 1,5006 para R$ 2,3488. Caminhoneiros promovem protestos nesta segunda-feira, em diversos estados, por conta do encarecimento do combustível.
Apenas neste ano, o preço do diesel subiu 38 vezes, em linha com a sua valorização no mercado internacional. A atual política da Petrobras foi criada para acompanhar as variações externas e considera ainda a competição com importadores. Dessa forma, a empresa vem demonstrando ao mercado que possui autonomia e não atua para atender aos interesses de governo, mas dos seus acionistas. No passado, durante o governo petista, os preços eram represados para conter a inflação, o que, consequentemente, freava a geração de receita da companhia.
“Esse é o primeiro teste da nova política de preços da Petrobras. Porque, até então, os preços estavam em baixa. Agora, é um período de continuidade de altas (no mercado internacional). Na semana passada, o preço do diesel foi reajustado quatro vezes”, afirmou o ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e professor do Grupo de Economia da Energia da UFRJ (GEE/UFRJ), Helder Queiroz. Ele acrescenta que os combustíveis contribuem também com o caixa do governo, não só da Petrobras. E defende um tratamento diferenciado para o GLP e o diesel, que pesam no orçamento das famílias de baixa renda e na economia em geral.
Do valor total do litro do diesel pago pelos consumidores nos postos, as refinarias da Petrobras respondem por 55%. O restante é distribuído entre os governos (29%), em forma de impostos, fornecedores do biocombustível adicional ao produto (7%) e distribuidoras (9%). Entre os tributos, uma parcela corresponde à Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide), criada para amortizar os reajustes da estatal e impedir que os consumidores sejam afetados pelas constantes variações de preços. Em momentos de altas nas refinarias, a Cide cairia e vice-versa. Esse recurso, no entanto, não está sendo utilizado com essa finalidade.
“Será que a melhor política de preços de combustíveis é essa que está sendo praticada pela Petrobras? Existem várias formas de ser fazer isso. O que percebemos é que o governo não tem uma política própria. Ele deixa toda responsabilidade para a empresa. O petróleo e os seus derivados estão contribuindo muito com o governo, sem falar nas alíquotas de ICMS diferenciadas entre os estados. A do Rio de Janeiro, por exemplo, é a maior do Sudeste, o que faz com que o combustível seja mais caro no estado”, disse o especialista.
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