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Varejo

- Publicada em 20 de Maio de 2018 às 21:28

Comerciantes esperam que frio eleve as vendas

Varejistas de Porto Alegre tiveram que antecipar promoções a fim de queimar estoque antes do inverno

Varejistas de Porto Alegre tiveram que antecipar promoções a fim de queimar estoque antes do inverno


/LUIZA PRADO/JC
Ainda que tímida, a chegada do frio anima os empresários do varejo, que tiveram que antecipar as liquidações de outono em vista da queda da demanda por produtos de meia-estação. "A expectativa de vendas para o período não se confirmou, e em abril tivemos decréscimo de 10% no vestuário e de 5% no comércio em geral", comenta o presidente do Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre (Sindilojas-POA), Paulo Kruse. "Mas, com a queda das temperaturas, que se concretizou, nossa expectativa é de empatar as vendas em maio e crescer em torno de 4% (real) no final de junho", calcula o dirigente. "Quando muda o clima, as pessoas vão às compras, porque precisam se agasalhar", sustenta.
Ainda que tímida, a chegada do frio anima os empresários do varejo, que tiveram que antecipar as liquidações de outono em vista da queda da demanda por produtos de meia-estação. "A expectativa de vendas para o período não se confirmou, e em abril tivemos decréscimo de 10% no vestuário e de 5% no comércio em geral", comenta o presidente do Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre (Sindilojas-POA), Paulo Kruse. "Mas, com a queda das temperaturas, que se concretizou, nossa expectativa é de empatar as vendas em maio e crescer em torno de 4% (real) no final de junho", calcula o dirigente. "Quando muda o clima, as pessoas vão às compras, porque precisam se agasalhar", sustenta.
Lojistas da Capital já começam a sentir a diferença no movimento. "Esperávamos um fluxo maior de vendas, no entanto o movimento foi fraco, inclusive no Dia das Mães", comenta a gerente comercial da loja Thithãs, Franciny Moraes de Oliveira. "Nossa coleção de outono entrou em liquidação junto com a coleção de verão - mas a procura só aumentou mesmo nesses últimos dias, quando o tempo esfriou." Segundo Franciny, as consumidoras da loja têm procurado blusões leves, vestidos de inverno e peças mais "atemporais". "Devido aos valores dessas roupas serem mais elevados, as vendas de inverno devem dar uma impulsionada no crescimento da receita", avalia a gerente.
Já o presidente do Sindilojas Porto Alegre destaca que o Dia dos Namorados é uma data que deve impactar bastante nos próximos resultados do comércio. "Apesar disso, temos notado que não está acontecendo a retomada da economia como se previa, ainda que os juros estejam baixos - nesse meio tempo, a melhora, de fato, só se concretizou para vendas de automóveis", aponta Kruse.
"Embora a previsão seja de que faça frio intenso, por enquanto, as vendas, na maioria dos estabelecimentos de varejo no Estado, estão praticamente paradas", afirma o presidente da Federação da Câmara de Dirigentes Lojistas (FCDL-RS) do Rio Grande do Sul, Vitor Koch. Mesmo assim, a expectativa é de que o crescimento do setor fique em 12%, ante o mesmo período do ano passado, avalia.
"O saldo positivo de 43.460 postos de trabalho no primeiro trimestre de 2018 - com expansão de empregos e aumento da massa salarial - é um dos fatores que devem contribuir para melhores resultados em junho", justifica Koch. "Além disso, em função da queda dos juros, especialmente a Selic, notamos uma pequena mudança no consumo." O presidente da FCDL-RS observa que os lojistas não têm mais realizado grandes estocagens, o que evita maiores prejuízos em períodos em que a demanda é fraca. "Todos têm se readequado, especialmente por questões de dificuldades na logística."
Até a semana passada, quem entrava na loja Otello, de roupas masculinas, demandava por bermudas e camisetas de verão. "Tínhamos apenas saldos, o que não ajudou, e as vendas estavam paradas", confessa o subgerente da empresa, Alexandre Maria. "Inclusive, para o inverno, nosso estoque está reduzido, mas temos bons produtos, com preços nos mesmos patamares que no ano passado."
"O movimento continua abaixo do normal", diz o vendedor da loja Krishna Artesanato Indiano, Gabriel Rodrigues. "Aparentemente, o mercado deu uma reagida, mas isso é baseado em resultados muito ruins durante o ano passado." O subgerente da loja Otello completa que, ainda assim, a expectativa é de que ocorra um aumento de 10% nas vendas de produtos de inverno frente ao mesmo período de 2017.

Temperaturas abaixo de 10°C animam as malharias

Clima vem incentivando compra de malhas

Clima vem incentivando compra de malhas


LUIZA PRADO/JC
Com mínima de 6°C e máxima de 12°C, a previsão do tempo para o próximo fim de semana no município serrano de Nova Petrópolis deve aumentar as vendas das 45 malharias que participam do 29º Festimalha. O maior evento de moda de malha tricô do Sul do Brasil segue de quinta-feira a domingo, das 10h às 19h, no Centro de Eventos de Nova Petrópolis, e vai até o dia 3 de junho. Com previsão de tardes mais nubladas e frias, a sensação térmica também deverá diminuir.
"Estamos ansiosos pela chegada do nosso convidado mais ilustre, o frio", destaca a diretora do Departamento de Malharias da Associação Comercial e Industrial de Nova Petrópolis (Acinp, promotora do evento), Michele Arend. A dirigente lembra que a diversidade de malhas comercializadas durante o Festimalha vai muito além do inverno, oferecendo peças mais leves, com fios modernos, ideais para o uso na meia estação.
"Neste ano, fomos surpreendidos com um calor fora de época, e certamente existe demanda reprimida de vários produtos e setores", comenta o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL-POA), Alcides Debus.
O dirigente afirma que, desde março, o comércio da capital gaúcha amarga frustração com a falta de dias mais frios. "Em compensação, produtos como vestuário, calçados, edredons, aquecedores, lareiras e alguns tipos de alimentos tendem a ter elevação de vendas nas próximas semanas", explica Debus.