Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 17 de Maio de 2018 às 16:41

Auditores fiscais intensificam paralisação e preocupam indústria gaúcha

Fiergs manifestou preocupação com os problemas decorrentes do atraso na liberação de mercadorias

Fiergs manifestou preocupação com os problemas decorrentes do atraso na liberação de mercadorias


SUPRG/DIVULGAÇÃO/JC
Paulo Egídio
Em mobilização há mais de dois anos pela falta de regulamentação da lei que prevê o recebimento de um bônus por eficiência, os auditores fiscais da Receita Federal decidiram “intensificar” a greve por 30 dias. A categoria, que há mais de um ano já recebe um adicional de R$ 3 mil por mês nos salários, decidiu manter apenas operação padrão nos cinco dias da semana nas aduanas do País.
Em mobilização há mais de dois anos pela falta de regulamentação da lei que prevê o recebimento de um bônus por eficiência, os auditores fiscais da Receita Federal decidiram “intensificar” a greve por 30 dias. A categoria, que há mais de um ano já recebe um adicional de R$ 3 mil por mês nos salários, decidiu manter apenas operação padrão nos cinco dias da semana nas aduanas do País.
A paralisação, até então restrita às terças, quartas e quintas-feiras, foi majorada na última segunda-feira (14), como forma de os auditores pressionarem o governo sobre um acordo feito em março de 2016, que prevê o recebimento de adicionais na remuneração de acordo com metas de trabalho cumpridas.
“O governo fez um acordo (com os auditores) há dois anos, não o regulamenta e não chama o sindicato para negociar. Nossa mobilização busca forçar o governo a cumprir o que foi assinado”, afirma Edison de Souza Vieira, representante do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco) no Rio Grande do Sul.
Segundo ele, a adesão no Estado já atinge mais de 50% dos auditores e a meta, até a próxima semana é atingir os 70% - máximo permitido por lei, que obriga a manutenção de pelo menos 30% da força de trabalho.
A previsão é de que a intensificação do movimento dure pelo menos 30 dias, mas pode ser encerrada antes. “Pode acabar a qualquer momento. A categoria também está preocupada. Não há interesse em continuar a greve, mas é a única maneira de chamar atenção”, justifica Vieira.
Atualmente, a categoria é protegida de qualquer desconto ou punição pela realização da greve por uma liminar concedida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Nesta quarta-feira (16), a paralisação foi tema de uma reunião da diretoria da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). A entidade manifestou preocupação com os problemas decorrentes do atraso na liberação de mercadorias importadas e exportadas e lançou uma consulta aos associados para calcular os prejuízos decorrentes da greve.
“A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul considera fundamental a imediata normalização da prestação de serviços em todas as aduanas do Brasil. Num momento de retomada da economia, é imprescindível que a geração de negócios seja no mínimo facilitada, criando-se oportunidades de incremento à competitividade”, avalia a instituição.
Para a Fiergs, além de contribuir para a estagnação da economia do Estado, o movimento “põe em primeiro plano interesses corporativistas em detrimento da geração de emprego e desenvolvimento que a indústria proporciona para o Rio Grande do Sul”.
A superintendência local da Receita Federal foi procurada para comentar a paralisação, mas decidiu não se manifestar.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO