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Porto Alegre, quarta-feira, 16 de maio de 2018.

Jornal do Com�rcio

Economia

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energia

Not�cia da edi��o impressa de 17/05/2018. Alterada em 16/05 �s 21h27min

Presidente da Eletrobras cr� na privatiza��o

Novo decreto editado ontem pela presid�ncia da Rep�blica ajusta a reda��o sobre os estudos t�cnicos necess�rios para a venda da estatal

Novo decreto editado ontem pela presid�ncia da Rep�blica ajusta a reda��o sobre os estudos t�cnicos necess�rios para a venda da estatal


ALEXANDRE MARCHETTI/ALEXANDRE MARCHETTI/ITAIPU BI/DIVULGA��O/JC
O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, disse ontem que está "bastante otimista" com a possibilidade de avanço no processo de privatização da estatal ainda neste ano, considerado hoje a principal bandeira econômica do governo de Michel Temer, e que enfrenta grande resistência.
Segundo ele, os próximos dois meses serão "fundamentais" para a companhia no campo político, tanto na aprovação de MP que sustenta a venda de distribuidoras de energia quanto do projeto de lei que dá as bases para a oferta de ações da estatal ao mercado. Ferreira disse acreditar que o Congresso aprove ainda em junho a MP 814, que destrava a venda das distribuidoras e pode ajudar a resolver a retomada das obras de Angra 3 - projeto para o qual a Eletrobras já provisionou perdas de R$ 12 bilhões.
Disse ainda esperar que em 75 dias possa ser aprovado o projeto de lei que sustenta a operação de venda de ações da estatal. A proposta do governo é oferecer ações ao mercado e diluir a participação da União para menos de 50% das ações. Ele espera que o leilão seja realizado entre novembro e dezembro. Na próxima semana, a empresa apresentará a seu conselho proposta de valores mínimos para a venda de 17 lotes de ativos de geração e transmissão, que são parte do plano de desinvestimento da companhia. O leilão está marcado para 29 de junho. São 70 participações em ativos, que somam capacidade de geração de 977 megawatts (MW) e 1.004 quilômetros de linhas de transmissão. Serão divididos em oito lotes de geração e nove de transmissão. O valor dos ativos no balanço da Eletrobras é de R$ 2,5 bilhões. Com os recursos, a Eletrobras pretende reduzir seu endividamento, que somava R$ 18,6 bilhões ao fim do primeiro trimestre.
Ainda ontem, o presidente Michel Temer editou um novo decreto sobre a privatização da Eletrobras. O ato altera o texto original do mês passado, que incluiu a estatal no Programa Nacional de Desestatização (PND). A nova versão ajusta a redação sobre a etapa dos estudos técnicos necessários à venda da empresa.
Pelo novo decreto, a assinatura de contrato que tenha por finalidade a realização desses estudos fica "condicionada" à aprovação, pelo Congresso Nacional, do Projeto de Lei nº 9.463/2018, que define os termos da desestatização da companhia e ainda está em discussão na Câmara. O decreto anterior, editado no dia 19 de abril, já vinculava a realização dos estudos à aprovação do projeto no Legislativo, mas a redação não falava explicitamente em condição, apenas autorizava o início dos procedimentos necessários à contratação dos estudos pertinentes, que serão conduzidos pelo Bndes, "tão logo" o projeto fosse aprovado pelos parlamentares.
 

Venda de a��es da estatal deve come�ar no primeiro semestre de 2019

A venda de ações da Eletrobras deve começar no primeiro semestre do ano que vem, depois de aprovada no Congresso a operação. O ministro Carlos Marun, da Secretaria de Governo, estimou esse prazo para a privatização da empresa, dizendo ser isso "uma absoluta necessidade".
Marun falou sobre a estatal, que teve queda de 96% no lucro do primeiro trimestre deste ano em relação ao início do ano passado - R$ 56 milhões, ante R$ 1,4 bilhão em 2017.
"Mesmo que tivesse dado lucro considerável, isso não deveria mudar nosso pensamento", disse o ministro. "A Eletrobras tem que ser capitalizada. Estamos propondo que essa capitalização se faça através de investimentos privados, senão teremos de fazer com investimentos públicos."
Mas, segundo Marun, o governo não tem esses recursos, o que significaria um desvio de R$ 15 bilhões de áreas como saúde, educação, segurança e habitação para bancar a operação da distribuidora estatal. O plano da Eletrobras era vender neste mês as seis distribuidoras de energia que controla nas regiões Norte e Nordeste, mas adiou a venda por causa da prorrogação do prazo de análise da ação no Tribunal de Contas da União.
 

Lucro l�quido cai 96%; empresa planeja PDC em julho

A Eletrobras registrou lucro líquido de R$ 56 milhões no primeiro trimestre, uma retração de 96% sobre o R$ 1,378 bilhão em igual período do ano passado. No critério gerencial, a queda foi de 22%, para R$ 429 milhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 1,244 bilhão, uma queda de 70%, enquanto o indicador gerencial recuou 41%, para R$ 880 milhões primeiro trimestre. A receita líquida teve um recuo de 3%, para R$ 8,593 bilhões, ao passo que no critério gerencial cresceu 6%, para R$ 7,064 bilhões. O resultado financeiro líquido da Eletrobras foi uma despesa de R$ 7 milhões, bem menor que a despesa de R$ 1,099 bilhão anotada no primeiro trimestre de 2017.
O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr., admitiu, ontem, que a adesão ao Programa de Demissão Consensual (PDC) no primeiro trimestre do ano ficou abaixo do esperado, o que fará a estatal abrir um segundo PDC até julho deste ano.
Segundo ele, houve a percepção por alguns empregados de que a privatização da Eletrobras poderia não acontecer, o que foi descartado pelo executivo. O PDC teve adesão de 735 empregados de janeiro a março de 2018, que demandaram R$ 272 milhões da companhia.
"Uma parte da não adesão são pessoas que perceberam a possibilidade de não se fazer a privatização, mas estamos bastante otimistas, (a privatização) vai à frente", afirmou durante teleconferência para comentar o resultado financeiro da companhia no 1º trimestre de 2018, quando lucrou R$ 56 milhões, queda de 96% sobre igual período do ano passado.
 
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