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Porto Alegre, quarta-feira, 09 de maio de 2018.

Jornal do Com�rcio

Economia

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Conjuntura Internacional

Not�cia da edi��o impressa de 10/05/2018. Alterada em 09/05 �s 20h49min

Argentina negocia com o FMI socorro 'stand-by'

Manifestantes protestaram contra as medidas do governo argentino

Manifestantes protestaram contra as medidas do governo argentino


/EITAN ABRAMOVICH/AFP/JC
O ministro da Fazenda da Argentina, Nicolás Dujovne, teve ontem, em Washington, nos EUA, a primeira reunião com membros do FMI (Fundo Monetário Internacional) para negociar um empréstimo para o país, o primeiro em 15 anos. Na última terça-feira, a Argentina, após elevar os juros para 40%, voltou a recorrer ao fundo. O pedido do governo é por um acordo financeiro do tipo "stand-by" - o clássico empréstimo usado para socorrer países com problemas em sua balança de pagamentos.
A Argentina já recorreu a essa modalidade de financiamento no início dos anos 2000, quando da crise financeira do país. É um empréstimo de montante significativo, com "acesso elevado", segundo a nota do governo - que não revelou o valor da negociação.
A ideia inicial do ministério era recorrer a uma linha de crédito flexível, que é usada como garantia para outras operações, e não necessariamente precisa ser sacada. Mas, para se qualificar para esse tipo de financiamento, o país precisa ter indicadores econômicos sólidos, como inflação estável e boas finanças públicas, áreas em que a Argentina patina atualmente. Já o empréstimo do tipo "stand-by" tem um valor maior, assim como juros maiores, e também exige que o país assuma compromissos, em um memorando de política econômica ou financeira.
Dujovne se reuniu com Alejandro Werner, diretor do FMI para o Hemisfério Ocidental. Mas essa foi só a primeira de várias reuniões. O pleito ainda irá passar por extensivas avaliações técnicas, que incluem uma visita in loco à Argentina, e depende da aprovação da diretoria do FMI.
Hoje, o ministro irá encontrar a diretora-gerente do fundo, Christine Lagarde, bem como David Malpass, subsecretário do Tesouro dos Estados Unidos, que é o país-membro com o maior percentual de votos na diretoria do FMI. Para ser liberado, o empréstimo precisa ser aprovado pela diretoria. O processo dura cerca de seis semanas.
Enquanto isso, em Buenos Aires, durante todo o dia de ontem, houve debate no Congresso sobre o conjunto de aumentos de tarifas de serviços que o governo quer aprovar. A discussão foi tensa, marcada pelo pedido de ajuda ao FMI e acompanhada por manifestantes contrários do lado de fora do Congresso. A Câmara de Deputados, de maioria opositora, assim como o Senado, manifestou, várias vezes, o repúdio às mais recentes ações do governo.
A Argentina enfrenta um novo dia de protestos em frente ao Congresso para evitar que haja um aumento de tarifas de energia e transporte público. Hoje, haverá, na Câmara dos Deputados, a votação do chamado projeto "Emergência Tarifária", que elimina os aumentos previstos nas faturas dos serviços públicos para este ano de 2018 e condiciona novas altas a um aumento salarial. Por outro lado, o governo tenta vetar a iniciativa devido "ao alto custo fiscal que isso implica".
A mobilização por parte dos trabalhadores é grande para evitar o aumento das tarifas, que vêm sofrendo pressão na esteira do avanço do dólar e do petróleo no mercado internacional. O ministro de Energia da Argentina, Juan José Aranguren, e as companhias de petróleo estão negociando a possibilidade de congelamento das tarifas de gasolina e diesel por um período de 60 dias. De janeiro a abril, os combustíveis já subiram 14%.
 
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