O Índice Bovespa teve ontem sua quinta queda consecutiva, depois de ter ensaiado uma recuperação ao longo do dia. O indicador chegou a subir 0,63% pela manhã, mas inverteu o sinal na última hora de negociação e fechou em baixa de 0,49%, aos 82.714 pontos. O volume de negócios somou R$ 9,132 bilhões, inferior à média dos últimos dias.
O desempenho do Ibovespa não foi pior devido aos ganhos das ações da Petrobras, apoiadas na alta dos preços do petróleo e na perspectiva de um resultado financeiro melhor, a ser divulgado hoje. Petrobras ON e PN subiram 3,56% e 1,71%, e amenizaram as perdas de papéis de mineração e siderurgia, por exemplo, que caíram mesmo em dia de alta significativa do 1,48% do preço do minério de ferro na China (porto de Qingdao). Vale ON terminou o dia com perda de 0,93%.
Em cinco dias de queda ininterrupta, o Ibovespa já perdeu 4,32%. A falta de sustentação dos preços das ações é atribuída, em boa parte, à redução da participação dos investidores estrangeiros, que retiraram mais de R$ 800 milhões da bolsa brasileira somente nos dois primeiros dias de maio. A alta persistente do dólar e o clima de indefinição política são dois fatores apontados por analistas como fatores de desconforto para o investidor do mercado de ações.
Os papéis da Eletrobras lideraram as perdas. As dúvidas em relação ao avanço da privatização da estatal voltaram a pesar sobre as ações, assim como questões ligadas aos valores das tarifas, no caso da venda da estatal. Eletrobras ON e PNB caíram 9,15% e 8,07%, respectivamente.