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Agronegócios

- Publicada em 03 de Maio de 2018 às 22:11

Exposição mostra o avanço da mecanização

John Deere modelo 5020, de 1967 e com 150 CV, foi um dos primeiros a rodar no Brasil com motor a diesel

John Deere modelo 5020, de 1967 e com 150 CV, foi um dos primeiros a rodar no Brasil com motor a diesel


CAROLINA HICKMANN/ESPECIAL/JC
A exposição Memórias do Campo está na Agrishow 2018 com mais de 20 tratores, mostrado a evolução desse que é um dos principais equipamentos da fazenda, braço-direito para diversas atividades.
A exposição Memórias do Campo está na Agrishow 2018 com mais de 20 tratores, mostrado a evolução desse que é um dos principais equipamentos da fazenda, braço-direito para diversas atividades.
O mais antigo em exposição é datado de 1921. Os veículos acabaram se tornando atração para o público visitante - essencialmente formado por produtores rurais -, pois são capazes de mexer com a memória, além de contrastarem com a tecnologia dos maquinários atuais. Outro fator que desperta interesse é a possibilidade de visualização da evolução da agricultura no País pela histórica contada nas peças.
Nos anos 1930 a 1950, por exemplo, houve a necessidade de motores mais fortes, por isso alguns agricultores adaptavam as máquinas de seis e oito cilindros com kits fornecidos pelas empresas logo que as máquinas saiam de fábrica. Na exposição, é possível ter contato com o Ford V8 BBA, 1951, do acervo da família Lopes, que recebeu a melhoria ainda em seu ano de compra e está em pleno funcionamento.
A grande atração do acervo dos Lopes, por outro lado, é posterior a esse período. Trata-se do modelo 5020, da John Deere, de 1967. Com 150 CV, o equipamento foi um dos primeiros a ter motor a diesel, quando diversos modelos ainda utilizavam querosene. A alteração de combustível trouxe torque superior, o que garantiu um diferencial. "Para a época, uma revolução", conta o agricultor e responsável pelo acervo na feira, Pedro Lopes.
A maior parte do maquinário da exposição, que é composta por marcas como a CBT, Ferguson e Volvo, é de fabricação estrangeira. Mesmo com o caráter inovador do 5020, Lopes lembra que o modelo não contava com cabine, conforme a maioria dos modelos comercializados nos Estados Unidos e na Europa, de onde quase a totalidade do maquinário antigo da exposição era importado sem essa opção. Ainda assim, o produtor comemora a reversão desse quadro. O trator de modelo 8400r, da John Deere, é exposto a poucos metros do maquinário antigo no estande da empresa. Fabricado em Montenegro, o veículo possui como diferencial, comum a todas as marcas atuais, a alta tecnologia embarcada. Segundo o diretor de marketing ativo da John Deere, Maurício de Menezes, o modelo representa hoje o que o 5020 era na década de 1960. "Hoje, o produtor procura diferencial em tecnologia embarcada, não mais em torque, como em 1967", argumenta, ao lembrar que o produto possui desde piloto automático, até telemetria do trator conectada ao celular, além de 400 CV de potência.
A John Deere, assim como outras empresas estrangeiras de maquinários agrícola, consolidou no Brasil pontos de referência da marca. A alteração de perspectiva das indústrias, pela avaliação de Menezes, se deu a partir do grande potencial do País no campo. "Só o fator terra é uma vantagem muito grande. Nacionalmente, usamos em torno de 9% da área total agriculturável, e também há 30% de áreas de pecuária ainda podem ser integradas em lavoura-pecuária-floresta", conclui Menezes.

Temer destaca 'trabalho extraordinário' do campo

O presidente Michel Temer (PMDB) visitou, na manhã desta quinta-feira, a Agrishow, compromisso que durou cerca de uma hora em um circuito previamente definido e isolado dos outros visitantes da feira. Em um rápido pronunciamento, o presidente disse estar entusiasmado por presenciar a "maior feira de máquinas do mundo" e relatou ter sido informado pelo presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, que a instituição financeira fechou, nos três primeiros dias do evento, contratos em valores superiores aos de 2017. A feira segue até esta sexta-feira, em Ribeirão Preto.
Temer afirmou que, "a cada ano que passa, o Brasil vai crescendo", por conta, "em primeiro lugar, da confiança que se tem no que todos estamos fazendo" e também pelo "trabalho extraordinário" do agronegócio. O setor foi considerado como o principal responsável por trazer o PIB para o campo positivo em 2017, com alta de 1%, ante quedas nos dois anos anteriores. Além de Temer, todos os pré-candidatos à presidência que passaram pela Agrishow destacaram a importância do agronegócio para a economia nacional, entre eles Jair Bolsonaro (PSL), Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT).

Colheita da soja se aproxima do fim no Estado

A cultura da soja está em finalização de colheita. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira, resta apenas 6% da área plantada no Rio Grande do Sul para ser colhida.
"As lavouras semeadas no período recomendado pelo zoneamento agroclimático já estão praticamente colhidas, restando aquelas em que o plantio foi realizado após a colheita do milho. Essas lavouras representam áreas menores", explica o diretor técnico da Emater/RS, Lino Moura.
A produtividade média obtida no Estado, de acordo com a última estimativa a campo da Emater/RS-Ascar, é de 2.992 kg/ha.
Nas regiões Celeiro, Alto Jacuí e Noroeste Colonial, com o término da colheita, já se inicia o financiamento das lavouras para a próxima safra, através do modelo de comprometimento de entrega de soja grão na troca por insumos para a cultura.