Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 02 de Maio de 2018 às 22:07

Indústria gaúcha tem melhor trimestre desde 2010

Atividade do setor cresceu 2,8% de janeiro a março, aponta Fiergs

Atividade do setor cresceu 2,8% de janeiro a março, aponta Fiergs


GM/DIVULGAÇÃO/JC
A atividade industrial gaúcha fechou o primeiro trimestre de 2018 com crescimento de 2,8% na comparação com o mesmo período do ano passado, revela pesquisa divulgada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), divulgada ontem. Foi o melhor primeiro trimestre desde 2010 e o único aumento nesse período desde 2013, segundo o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS).
A atividade industrial gaúcha fechou o primeiro trimestre de 2018 com crescimento de 2,8% na comparação com o mesmo período do ano passado, revela pesquisa divulgada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), divulgada ontem. Foi o melhor primeiro trimestre desde 2010 e o único aumento nesse período desde 2013, segundo o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS).
Na expansão no ano, o destaque ficou com as altas de 7,2% do faturamento real e de 7% das compras industriais. A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) e o emprego registraram elevações mais modestas, 2,1 pontos percentuais e 0,6%, respectivamente, enquanto as horas trabalhadas na produção (-0,6%) e a massa salarial real (-2,6%) caíram ante o primeiro trimestre de 2017.
No acumulado do trimestre, a expansão de veículos automotores (19,5%) foi a principal contribuição positiva entre os 17 setores pesquisados no IDI-RS. Destaques ainda para os aumentos da atividade nas indústrias de tabaco (11,7%), de produtos de metal (4,2%) e de alimentos (2%). Em sentido contrário, as principais influências negativas partiram de máquinas e equipamentos (-2,6%), químicos e refino de petróleo (-1,5%) e couros e calçados (-1,4%).
Ao se comparar com o mesmo mês de 2017, a atividade industrial ficou estável em março, depois de oito meses de altas consecutivas. O resultado, embora possa sugerir desaceleração, precisa ser relativizado, já que março de 2018 teve dois dias úteis a menos do que o mesmo mês do ano passado em função do Feriado de Páscoa: 21 ante 23.
A expectativa é que a partir deste mês os resultados sejam ainda melhores. O presidente em exercício da Fiergs, Gilberto Ribeiro, destaca que, "além de meses mais cheios, o que é fundamental para a indústria, é esperado que outros fatores contribuam para a recuperação de setores com desempenho negativo". "É esperado, por exemplo, que, com a chegada do inverno, o setor calçadista seja alavancado, o que com certeza contribuirá para que índice aumente", lembra Ribeiro.
A influência do calendário levou ao desempenho negativo em todos os indicadores do IDI-RS: compras industriais (­7,4%), faturamento real (-2,3%), horas trabalhadas na produção (-0,4%), emprego (-0,2%), massa salarial (-1,3%) e UCI (-0,8 ponto percentual). Porém, o mesmo efeito de calendário que potencializou a queda da atividade industrial projeta um cenário mais favorável em abril de 2018, com três dias úteis a mais em março do que em 2017.
Conforme o presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke, o tamanho das safras tem impulsionado o desempenho positivo do setor, principalmente para os índices de exportação. A expectativa é que a exportação de tabaco aumente de 10% a 15% em volume em 2018 e de 15% a 20% em dólares.
Na análise de março em relação a fevereiro de 2018, o IDI-RS aponta para uma queda de 2,8% no nível de atividade, a maior desde janeiro de 2017. Parte desse resultado, porém, também pode ser atribuída ao calendário de março com menor número de dias úteis do que o normal, efeito que, apesar de minimizado, não é totalmente eliminado pelo ajuste sazonal.
Segundo a Fiergs, os resultados dos indicadores industriais nada alteram a tendência de recuperação e a expectativa futura da indústria. Ela deve continuar lenta, instável e gradualmente dentro do previsto para o ano, em torno de 3%. Os impactos da queda dos juros e da inflação e da melhora do mercado de trabalho na demanda interna, bem como o aumento das exportações, devem continuar sustentando esse processo.
JC
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO