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Cultura

- Publicada em 17 de Maio de 2018 às 08:17

Mostra de fotografia modernista brasileira volta a Porto Alegre

Obra de José Yalenti aparece no recorte através de exemplos como Evanescente

Obra de José Yalenti aparece no recorte através de exemplos como Evanescente


/ITAÚ CULTURAL/DIVULGAÇÃO/JC
Ricardo Gruner
Oito anos depois, a exposição Moderna para sempre - fotografia modernista brasileira na Coleção Itaú Cultural volta a Porto Alegre. Em versão ampliada e remodelada, a mostra itinerante reúne 144 imagens realizadas por nomes como Geraldo de Barros. Os trabalhos podem ser vistos nos fins de semana, das 14h às 19h, na Fundação Iberê Camargo (Padre Cacique, 2.000), até o dia 15 de julho. A entrada é franca. Devido à programação da Noite nos Museus, o espaço vai funcionar até 1h de domingo neste fim de semana, excepcionalmente.
Oito anos depois, a exposição Moderna para sempre - fotografia modernista brasileira na Coleção Itaú Cultural volta a Porto Alegre. Em versão ampliada e remodelada, a mostra itinerante reúne 144 imagens realizadas por nomes como Geraldo de Barros. Os trabalhos podem ser vistos nos fins de semana, das 14h às 19h, na Fundação Iberê Camargo (Padre Cacique, 2.000), até o dia 15 de julho. A entrada é franca. Devido à programação da Noite nos Museus, o espaço vai funcionar até 1h de domingo neste fim de semana, excepcionalmente.
O recorte contempla registros de 33 reconhecidos artistas, mas não é só em abrangência que a mostra se diferencia da primeira passagem pela capital gaúcha, ocasião em que continha cerca de 80 trabalhos. Desde então, a proposta viajou para 11 cidades brasileiras, além de passagens por Peru, México e Paraguai, e foi agregada importância histórica, conforme o curador, Iatã Cannabrava. "Quando começou a coleção, se pensava em algo mais didático e que incluísse cópias de processo novo. A família do Geraldo de Barros vende suas fotos até hoje, maravilhosas. Mas não são vintage", destaca ele, sobre a característica agora valorizada: "Uma cópia vintage é a cópia feita na época, sob supervisão ou diretamente pelo autor".
Constam na seleção obras de nomes como Gertrudes Altschul, José Yalenti, José Oiticica Filho, Osmar Peçanha e Eduardo Salvatore, um dos fundadores do seminal Foto Cine Clube Bandeirante. Foi lá que alguns apaixonados por fotografia com recursos financiaram um modernismo um pouco mais ousado. O coletivo não foi o primeiro do Brasil, lembra Cannabrava, mas assumiu uma distorção ou organicidade que truncou o processo do que ele chama de "um pictorialismo bobo", para o transformar em um modernismo charmosíssimo.
No movimento pictorialista, fotógrafos utilizavam técnicas como autocontraste e goma bicromatada, na tentativa de fazer algo único - e buscar aceitação no sistema das artes. A prática resultava em imitações de padrões da pintura.
Geraldo de Barros é visto como a principal figura desse momento de ruptura, entre as décadas de 1940 e 1960. Doze de seus trabalhos podem ser conferidos na mostra, incluindo Florale, recém-incorporada à coleção. "Ele entrou muito jovem no Foto Clube Bandeirantes, corrompido pela criação. Era um artista", contextualiza o curador. "O modernismo chegou ao ponto extremo quando rompeu absolutamente com o referente. Quando descobriram que alquimia de laboratório ou alquimia seca das montagens do próprio filme na rua, ou pontos de vista inusitados e a geometria, aliada à qualidade técnica, construíam imagens que só a fotografia podia construir."
Às 14h de sábado, Iatã Cannabrava inaugura o Seminário Ponto de fuga - programação paralela à exposição, com atividades semanais. Até 30 de junho, a Fundação Iberê Camargo vai receber debates e palestras com artistas visuais e fotógrafos. O tema da palestra de abertura é Os fotoclubistas "internautas" - a fotografia moderna no Brasil e suas redes mundiais.
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