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Porto Alegre, domingo, 29 de abril de 2018.

Jornal do Com�rcio

Pol�tica

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Opera��o Lava Jato

Not�cia da edi��o impressa de 30/04/2018. Alterada em 29/04 �s 22h29min

Beltrame teria recebido R$ 30 mil por m�s, diz delator

Ex-secret�rio de Seguran�a do Rio afirma j� ter vencido na Justi�a a��o com o mesmo teor da atual acusa��o

Ex-secret�rio de Seguran�a do Rio afirma j� ter vencido na Justi�a a��o com o mesmo teor da atual acusa��o


MARCELO G. RIBEIRO/JC
No anexo 40 de sua dela��o premiada, o economista Carlos Miranda acusa o ex-secret�rio de Seguran�a do estado do Rio de Janeiro Jos� Mariano Beltrame de ter se beneficiado do esquema de corrup��o de do ex-governador do Rio S�rgio Cabral (PMDB). De acordo com o delator, de 2007 a 2014, Beltrame, que � delegado da Pol�cia Federal, recebeu um valor mensal de R$ 30 mil, recursos que teriam sido entregues � mulher dele, a professora de Educa��o F�sica Rita Paes. O ex-secret�rio e sua mulher negam as acusa��es. A dela��o de Miranda foi homologada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O conte�do da dela��o de Miranda j� foi encaminhado ao juiz Marcelo Bretas, da 7� Vara Criminal Federal. Durante 10 anos - oito no governo Cabral e dois no do atual governador, Luiz Fernando Pez�o (PMDB) -, Beltrame liderou a guerra contra o crime no estado do Rio e foi o respons�vel pela implanta��o da Unidades de Pol�cia Pacificadora (UPP). At� o momento, o delegado tinha passado inc�lume pelas investiga��es da Opera��o Calicute, vers�o da Lava Jato no Rio, respons�vel pela pris�o de Cabral em novembro de 2016.
Preso desde novembro de 2016, Carlos Miranda � acusado de ser o principal operador de Cabral, respons�vel pela coleta e distribui��o de propina do esquema. Ele delatou que, antes de chegar �s m�os dos Beltrame, o dinheiro seria repassado ao empres�rio Paulo Fernando Magalh�es Pinto, na �poca dono do apartamento alugado pelo delegado. O im�vel, localizado em Ipanema, tinha um alto custo: aluguel de cerca de
R$ 15 mil, condom�nio de R$ 5 mil e IPTU em torno de R$ 7 mil, de acordo com reportagem publicada pelo jornal Extra em 2016.
Em 2007, duas semanas ap�s tomar posse como secret�rio de Seguran�a do Rio, Jos� Mariano Beltrame entregou ao ent�o governador S�rgio Cabral sua declara��o de bens, na qual constava uma casa financiada e um carro como patrim�nio. Ele sempre associou sua imagem ao combate � corrup��o, especialmente a policial.
Preso junto com Cabral em 2016, Magalh�es teve a pris�o preventiva convertida em domiciliar em janeiro de 2017, ap�s ter firmado um acordo de colabora��o premiada com a for�a-tarefa da Lava Jato. Com as revela��es de Miranda, Magalh�es dever� ser chamado novamente pela for�a-tarefa da Calicute, para detalhar o esquema de pagamento a Jos� Mariano Beltrame. Procurada, a defesa do empres�rio n�o se manifestou.
De acordo com a dela��o de Carlos Miranda,�o empres�rio Paulo Fernando Magalh�es Pinto tamb�m aparece como intermedi�rio no pagamento de b�nus ao governador Luiz Fernando Pez�o, que incluiu em 2013 dois pr�mios cada um no valor de R$ 1 milh�o, que eram pagos, afirma, a integrantes da organiza��o criminosa em algumas oportunidades. A respeito das acusa��es, o governador, por meio de nota, afirmou que "repudia com veem�ncia essas mentiras". Ele reafirma que "jamais recebeu recursos il�citos e j� teve sua vida amplamente investigada pela Pol�cia Federal".
Jos� Mariano Beltrame divulgou nota, neste domingo, negando ter recebido propina do esquema de corrup��o do ex-governador S�rgio Cabral. O�ex-secret�rio da Seguran�a disse que o relato � uma hist�ria "fabricada por algu�m que est� coagido e, sabe-se l� por que, usando meu nome para jogar fuma�a sobre os pr�prios dramas".�Ele afirmou que mal conhece Miranda, delator que "corre o risco de passar os pr�ximos 20 anos na cadeia".�Disse ainda que j� foi caluniado por ter sido inquilino de Magalh�es, e que comprovou a regularidade da rela��o na Justi�a, "com direito a indeniza��es reparat�rias".
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