O juiz Marcos Vinícius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal de Brasília, negou um pedido de prisão preventiva contra o advogado José Yunes e o coronel João Baptista Lima Filho, ambos ex-assessores do presidente Michel Temer (PMDB), conforme queria o Ministério Público Federal (MPF).
O magistrado negou também expedir mandados de prisão contra os ex-deputados Eduardo Cunha, Henrique Eduardo Alves, Geddel Vieira Lima e Rodrigo Rocha Loures, todos do PMDB.
O MPF havia apontado as notícias de que Temer pretende se candidatar à reeleição como indício de risco de que o grupo continuaria a praticar crimes "com o fim de garantir a perpetuação do grupo criminoso no controle central da máquina estatal federal".
Em sua decisão, no entanto, Reis Bastos recusou o argumento. "Afirmar que anunciada candidatura de Michel Temer à presidência da República (reeleição) importe na permanência da empresa criminosa e na prática de ilícitos penais por parte dos requeridos demanda a indicação de fatos atuais (contemporâneos) nesse sentido, circunstância que não se verificou", escreveu o juiz.
Entre os ex-deputados, todos já se encontram presos preventivamente por outras investigações. Yunes e Baptista chegaram a ser presos temporariamente em 29 de março por ordem do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Eles foram soltos em 1 de abril, após serem interrogados pela Polícia Federal (PF).