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Porto Alegre, ter�a-feira, 10 de abril de 2018.

Jornal do Com�rcio

Pol�tica

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opera��o lava jato

Not�cia da edi��o impressa de 11/04/2018. Alterada em 10/04 �s 21h05min

Turma do Supremo decide que Cabral deve ficar preso no Rio

Por 3 votos a 1, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem que o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) deve retornar para o sistema penitenciário do Rio de Janeiro. Com a decisão, o colegiado anulou a decisão do juiz federal Sérgio Moro que determinou a transferência de Cabral para um presídio na Região Metropolitana de Curitiba, onde o ex-governador também responde a processos penais no âmbito na Operação Lava Jato.
Cabral é réu em mais de 20 processos e está preso preventivamente por acusações de corrupção. 
Em janeiro, ao transferir o ex-governador para um presídio em Curitiba, Moro atendeu a pedido do Ministério Público Federal (MPF), ante constatação de supostas regalias ao ex-governador na unidade em que estava preso no Rio, como entrada de alimentos proibidos, uso de aquecedor elétrico, chaleira, sanduicheira, halteres, dinheiro além do limite permitido e colchões diferenciados das demais celas.
O resultado do julgamento foi alcançado com base no voto do relator, ministro Gilmar Mendes. De acordo com o ministro, a transferência de Cabral para Curitiba não se justifica legalmente para a instrução dos processos penais.
"A transferência para o Paraná não faz sentido processual. O endereço da instrução processual demanda a permanência do paciente no Rio de Janeiro, onde responde a ações penais em fase de instrução. Entendo que a transferência não atende aos interesses do processo", argumentou Mendes.
O entendimento foi acompanhado pelos ministros Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli. Edson Fachin votou contra o retorno de Cabral para o Rio, por entender que o ex-governador ainda exerce influência.
Na mesma sessão, a turma confirmou uma liminar concedida por Gilmar Mendes, no final do ano passado, para anular a transferência de Cabral para o presídio federal de Campo Grande, que havia sido determinada pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal, relator dos processos da Operação Calicute, braço da Lava Jato no Rio, na qual Cabral é réu.
Segundo o magistrado, durante uma audiência, Cabral demonstrou ter informações sobre a família daquele. O ex-governador disse saber que a família de Bretas tem negócios com bijuterias e seria a empresa mais importante do ramo no estado.
Na decisão, o ministro disse que a atividade profissional da família de Bretas havia sido divulgada pelo próprio juiz em uma reportagem publicada um mês antes da audiência. Além disso, Mendes entendeu que a transferência seria uma forma injustificada de agravamento da prisão de Cabral.
Em seu voto, Mendes criticou o juiz federal Marcelo Bretas. O ministro acusou o juiz de querer "se fazer o Sérgio Moro do Sudeste" e de receber auxílio-moradia irregularmente.
 
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