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Multidão ocupa o Parcão pela prisão de Lula e condenação de presos em segunda instância
Para organizadores, protesto reuniu cerca de 50 mil pessoas
MARIANA CARLESSO/JC
Luis Filipe Gunther
Aos brados de "Lula ladrão", a coordenadora do Movimento Brasil Livre (MBL) Paula Cassol abriu os discursos à beira da avenida Goethe, na noite desta terça-feira (3), em um protesto pela prisão do ex-presidente e pela manutenção da prisão após condenação em segunda instância. O ato em Porto Alegre, convocado pelo MBL e pelo Vem Pra Rua, teria reunido 50 mil pessoas, de acordo com os organizadores.
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Aos brados de "Lula ladrão", a coordenadora do Movimento Brasil Livre (MBL) Paula Cassol abriu os discursos à beira da avenida Goethe, na noite desta terça-feira (3), em um protesto pela prisão do ex-presidente e pela manutenção da prisão após condenação em segunda instância. O ato em Porto Alegre, convocado pelo MBL e pelo Vem Pra Rua, teria reunido 50 mil pessoas, de acordo com os organizadores.
O que motivou esta nova manifestação no Parcão, de acordo com Paula, foi o adiantamento do julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado a 12 anos e um mês de prisão pelo Tribunal Regional Federal da 4a Região (TRF-4). “Não tem porque ter revisão, ele foi condenado pela justiça de forma legítima, assim como qualquer outro preso”, afirmou Paula.
Questionada sobre a possibilidade do habeas corpus de Lula ser concedido em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira, a líder regional do MBL disse que “vamos continuar lutando contra a corrupção e contra a destruição do nosso poder judiciário”. Ao final do protesto, aos gritos de 'queima, queima', os manifestantes explodiram fogos de artifícios em 11 manequins colocados na passarela que cruza a avenida, que representavam os ministros do STF.
Manequins, representando ministros do STF, tinham fogos de artifício. Foto: Luis Filipe Gunther/Especial/JC
O protesto desta terça foi diferente dos demais convocados pelo MBL e Vem pra Rua, por este elemento de crítica o poder judiciário. Nos anteriores, os movimentos manifestavam apoio ao Ministério Público e aos juízes que atuam na Lava Jato.
Questionada sobre esta mudança no foco, Paula respondeu que “as revoltas são contra o partidarismo do STF, pois as posições políticas dos ministros estão afetando a credibilidade do nosso sistema jurídico”.
Talita Haubert, moradora de Canoas, também mostrou preocupação com o resultado da votação no STF. "Estou um pouco desesperançada, mas nós não podemos nos render a isto", disse a moradora.