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Porto Alegre, domingo, 01 de abril de 2018.

Jornal do Com�rcio

Pol�tica

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Opera��o Skala

Not�cia da edi��o impressa de 02/04/2018. Alterada em 01/04 �s 22h51min

Supremo solta amigos de Temer e outros presos

Wagner Rossi foi o �nico a falar com a imprensa

Wagner Rossi foi o �nico a falar com a imprensa


VALTER CAMPANATO/ABR/JC
Depois de dois dias, os presos na Operação Skala foram soltos, na noite deste sábado, por volta de 23h50min, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso. Entre eles estavam os amigos do presidente Michel Temer (PMDB).
"Tendo as medidas de natureza cautelar alcançado sua finalidade, não subsiste fundamento legal para a manutenção", escreveu o ministro relator na decisão. A Operação Skala apura supostas irregularidades na edição do Decreto dos Portos.
Entre empresários e ex-agentes públicos, foram soltos o advogado José Yunes, amigo do presidente há mais de 50 anos e ex-assessor dele na presidência; o coronel da reserva da Polícia Militar de São Paulo João Baptista Lima Filho, também coordenador de campanhas eleitorais de Temer; e o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi, pai do líder do PMDB na Câmara, deputado federal Baleia Rossi.
Os nove presos que estavam na carceragem da Polícia Federal em São Paulo (um estava no Rio de Janeiro) saíram ao mesmo tempo, mas o único que falou com a imprensa foi Wagner Rossi que agradeceu o ministro do STF por sua "presteza".
Barroso atendeu a um pedido formulado no sábado à tarde pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Em nota, a Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou que "as medidas cumpriram o objetivo geral".
Assim que saiu a decisão, os advogados começaram a chegar à sede da Polícia Federal (PF). Mauricio Silva Leite e Cristiano Benzota, que atuam da defesa do coronel João Batista Lima, disseram que a decisão foi "de extrema importância", "principalmente em razão dos problemas de saúde que ele possui".
Coronel Lima foi o único que não prestou depoimento, nem antes, nem depois da prisão.
A defesa de Celso Antônio Grecco também chegou ao local, mas não falou com jornalistas. José Luis Oliveira Lima, advogado de José Yunes, disse que a decisão "é a demonstração clara de desnecessidade da prisão" e que o amigo de Temer "teve sua reputação atingida sem ter praticado nenhuma conduta ilícita".
Ao todo, 10 das 13 prisões temporárias ordenadas por Barroso haviam sido cumpridas. As prisões expirariam na segunda-feira e poderiam também ser renovadas por mais cinco dias ou convertidas em prisões preventivas.
Ao comentar o pedido da PGR, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot questionou a posição tomada pela atual titular do cargo, Raquel Dodge, de pedir prisão temporária dos envolvidos, que tem prazo para expirar.
"Não teria sido o caso então de pedir condução coercitiva ao invés de prisão? Voltou a ser assim? E vai continuar sendo assim?", escreveu Janot em sua conta no Twitter.

Grupo Libra nega d�vida com Codesp e atua��o ilegal

Envolvido na Operação Skala, que prendeu amigos do presidente Michel Temer, o Grupo Libra divulgou nota ontem, informando que já está prestando todos os esclarecimentos à Justiça. A empresa nega que esteja devendo aproximadamente R$ 2 bilhões à Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) ou que tenha atuado ilegalmente por uma mudança da legislação que a beneficiasse.
 
No comunicado, a empresa lembra que uma de suas acionistas já depôs à Polícia Federal.
 
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que três sócios do Grupo Libra investigados na Operação Skala que se encontram no exterior se apresentem à Polícia Federal no momento do desembarque e sejam imediatamente levados para prestar depoimentos a policiais e ao Ministério Público Federal.
 
 

L�deres do governo minimizam possibilidade de 3� den�ncia

Depois de se reunirem com o presidente Michel Temer, no Pal�cio do Jaburu, ontem, l�deres da base aliada do governo e o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (PMDB), mostraram discurso alinhado sobre a possibilidade de a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) apresentar uma terceira den�ncia contra o peemedebista. Tanto Marun, como o l�der do governo no Senado, Romero Juc� (PMDB-RR), e o vice-l�der do governo, deputado Darc�sio Perondi (PMDB-RS), negaram que isso v� acontecer.
O mais enf�tico foi Marun. "N�o existe terceira den�ncia. Seguimos governando e n�o trabalhamos com a hip�tese da terceira den�ncia", disse antes de minimizar a possibilidade da investiga��o contra Temer contaminar os trabalhos no Congresso. "N�o acredito que o Parlamento volte fervendo em fun��o de pris�es para colher depoimentos. A ideia � que nesta semana seja votada a reonera��o (da folha salarial) no Congresso".
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