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Internacional

- Publicada em 18 de Abril de 2018 às 09:04

Cuba elege primeiro presidente após 60 anos de governo da família Castro

A saída do presidente Raúl Castro marca o fim de uma era dominada pelo Catrismo

A saída do presidente Raúl Castro marca o fim de uma era dominada pelo Catrismo


JUAN PABLO CARRERAS-AIN/AFP/JC
Agência Brasil
A Assembleia Nacional de Cuba se reúne nesta quarta-feira (18) para escolher o próximo presidente da pequena ilha caribenha que, nas últimas seis décadas, foi governada pelos irmãos Castro: Fidel, que morreu aos 90 anos, e Raúl, que prometeu se aposentar aos 86. O novo líder será o primeiro, desde a Revolução Cubana, com outro sobrenome e representando uma geração mais jovem do que aquela que pegou em armas para derrubar a ditadura de Fulgencio Batista (1952-1959) e desafiar os Estados Unidos (EUA), estabelecendo um regime socialista a 150 quilômetros de sua costa.
A Assembleia Nacional de Cuba se reúne nesta quarta-feira (18) para escolher o próximo presidente da pequena ilha caribenha que, nas últimas seis décadas, foi governada pelos irmãos Castro: Fidel, que morreu aos 90 anos, e Raúl, que prometeu se aposentar aos 86. O novo líder será o primeiro, desde a Revolução Cubana, com outro sobrenome e representando uma geração mais jovem do que aquela que pegou em armas para derrubar a ditadura de Fulgencio Batista (1952-1959) e desafiar os Estados Unidos (EUA), estabelecendo um regime socialista a 150 quilômetros de sua costa.
O novo presidente de Cuba assume em um momento delicado. A Venezuela, que fornece petróleo e sustentava o regime cubano, hoje enfrenta grave crise econômica, marcada pela hiperinflação, o desabastecimento e o isolamento internacional. Com a mudança de governo em 2017, os Estados Unidos voltaram atrás no processo de reaproximação, primeiro passo para o fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro que continua impondo à ilha. O presidente Donald Trump, (eleito também com o voto dos cubanos que imigraram para os EUA e que exigem a derrubada do comunismo na ilha) voltou a limitar as viagens e os investimentos dos norte-americanos no país caribenho.
Raúl Castro diz que foi eleito presidente para "defender, manter e continuar aperfeiçoando o socialismo cubano -  e não para destruí-lo". A eleição representa o fim de uma era, mas muitos observadores acham que, na prática, pouca coisa mudará na vida dos 11,5 milhões de cubanos: o Partido Comunista de Cuba (PCC) continua sendo o único e Raúl Castro seu chefe.
"O Partido Comunista é o órgão máximo de decisão política, de acordo com a Constituição cubana. Raúl Castro deixa a presidência do país, mas não o cenário politico", disse Erika Guevara-Rosas, diretora para as Américas da Anistia Internacional, uma organização de defesa dos direitos humanos. "Lamentavelmente, Cuba continua sendo um país que violenta, de forma massiva, as liberdades civis, políticas e de expressão", acrescentou, em entrevista à Agência Brasil, ao lembrar que é o único país do continente que não permite acesso oficial à Anistia Internacional. 
A expectativa é de que o cargo seja ocupado pelo atual vice-presidente, Miguel Díaz-Canel, de 57 anos, que nasceu depois da revolução, não usa farda, mas defende os ideais do Partido Comunista Cubano (PCC), onde atua desde jovem. "Sou como muitos neste país", disse Díaz-Canel. "Formamos parte de uma geração que nasceu nos anos 60 e agradecemos muito toda a formação e as possibilidades brindadas pela revolução. Tivemos a oportunidade de participar dos processos de decisão nas organizações de base estudantis e da juventude".
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