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Internacional

- Publicada em 10 de Abril de 2018 às 11:36

Por falta de acesso, ONU não consegue investigar ataque químico na Síria

Agência Brasil
Várias agências da Organização das Naçãoes Unidas (ONU), entre eles a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha), reafirmaram nesta terça-feira (10) que, apesar das informações que recebem sobre o suposto ataque químico na cidade síria de Duma, não podem verificá-las devido à falta de acesso.
Várias agências da Organização das Naçãoes Unidas (ONU), entre eles a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha), reafirmaram nesta terça-feira (10) que, apesar das informações que recebem sobre o suposto ataque químico na cidade síria de Duma, não podem verificá-las devido à falta de acesso.
A porta-voz da ONU em Genebra, Alessandra Vellucci, lembrou que o secretário-geral, António Guterres, disse que a organização multilateral "não está em posição de verificar estas informações" sobre o ataque químico em Duma, o que não quer dizer que as ignore.
O porta-voz do Ocha, Jens Laerke, ressaltou que as agências da ONU não estão em Duma. "Ghouta Oriental ainda se encontra assediada. Estamos em locais fora de Ghouta Oriental aos quais temos acesso", afirmou Laerke, que indicou que existe um "mecanismo para tentar investigar o que ocorreu".
Os Estados Unidos propuseram uma resolução ao Conselho de Segurança da ONU para iniciar um novo mecanismo internacional que determine responsabilidades pelo uso de armas químicas na Síria, enquanto a Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) anunciou que investiga o ocorrido.
A Sociedade Médica Síria Americana (Sams, na sigla em inglês) e a Defesa Civil Síria, ambas organizações apoiadas pelos EUA, apontam que pelo menos 42 pessoas morreram no sábado (7) com sintomas de intoxicação por substâncias tóxicas no reduto opositor sírio de Duma.
Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, pelo menos 21 pessoas morreram no sábado dia por asfixia, depois do "desabamento dos edifícios". A porta-voz da OMS Fadéla Chaib também afirmou que a falta de detalhes prejudica a investigação das denúncias de um possível ataque na região de Duma. "Temos algumas informações de pessoas no local sobre mulheres com problemas respiratórios, mas não podemos confirmar se é devido a um ataque químico."
O porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Christophe Boulierac disse, sem relacionar com o suposto ataque químico, que fontes locais mencionaram problemas na pele e infecções respiratórias. Por sua vez, o assessor no Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) Andrej Mahecic expressou a preocupação do órgão pela situação em Duma, onde milhares de civis permanecem retidos.
O Acnur calcula que mais de 133 mil sírios fugiram de Ghouta Oriental durante as últimas quatro semanas. Cerca de 45 mil sírios estão sendo hospedados atualmente em oito refúgios coletivos na zona rural de Damasco. Até agora, 44 mil mulheres, crianças e idosos conseguiram deixar os acampamentos coletivos após passarem pelos controles de segurança das autoridades sírias.
Andrej Mahecic ressaltou que cerca de 250 mil sírios precisam urgentemente de ajuda em Ghouta Oriental, enquanto a situação é similar na região de Afrin, onde o Acnur responde às necessidades de mais de 137 mil sírios deslocados desde o dia 20 de janeiro.
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