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Porto Alegre, domingo, 29 de abril de 2018.

Jornal do Com�rcio

Economia

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mercado de capitais

Not�cia da edi��o impressa de 30/04/2018. Alterada em 29/04 �s 22h28min

Safra de multimercados fecha para capta��es

Medida retira produtos atraentes do mercado, mas, por outro lado, abre uma nova janela de oportunidades

Medida retira produtos atraentes do mercado, mas, por outro lado, abre uma nova janela de oportunidades


/MARCO QUINTANA/JC
A corrida para os fundos multimercado nos �ltimos meses inchou de tal maneira o patrim�nio desses produtos a ponto de levar uma seleta safra deles a fechar a capta��o - ou seja, n�o permitir novos aportes. Se, por um lado, esse movimento tira produtos atraentes do mercado, tamb�m abre uma nova janela de oportunidade: o surgimento de novos fundos com as mesmas estrat�gias nas prateleiras. Chamados de "fundos espelho", eles tamb�m prometem bons resultados, mas aten��o: pedem um prazo maior para resgate dos recursos.
Nos �ltimos meses, pelo menos 15 fundos multimercado - aqueles que misturam diferentes ativos, como t�tulos de renda fixa, a��es, moedas e at� commodities - anunciaram que fechariam as portas para novas capta��es. "Como os juros ca�ram, as pessoas est�o buscando alternativas mais rent�veis, e os multimercados est�o vindo com muita for�a", diz Rebeca Nevares, analista da Ativa Investimentos. "A ind�stria cresce m�s a m�s, mas o mercado brasileiro n�o tem liquidez para esse dinheiro todo."
Ela explica que, quando os fundos atingem um patrim�nio elevado, fica dif�cil para o gestor se movimentar no mercado. "Muitas vezes, esses gestores abrem novos fundos, chamados de fundos espelho, com a mesma estrat�gia, mas uma janela de resgate maior", diz F�bio Macedo, gerente comercial da corretora Easynvest. "A vantagem para o investidor � a chance de ter acesso a um produto similar. A desvantagem � uma liquidez menor: demora mais tempo para resgatar o investimento para ele."
Foi isso o que aconteceu, por exemplo, com o badalado fundo Adam Macro Strategy II, que fechou no fim de fevereiro, um m�s antes do previsto, ao atingir o patrim�nio de R$ 10 bilh�es. A gestora Adam Capital abriu um fundo espelho, mas com um tempo de car�ncia maior. No fundo "m�e", o prazo para resgate era D 30, ou seja, o investidor que resgatasse sua cota receberia o dinheiro ap�s 30 dias. O novo fundo, de mesmo nome, agora � D 60. Isso acontece para dar mais seguran�a ao gestor na fase inicial do fundo.
"Com o forte ingresso de recursos, ou os maiores fundos fecham, ou lan�am outros, com uma janela de resgate muito maior, como o Adam, que foi para 60 dias", comenta Richard Wahba, diretor-geral da Gar�n Investimentos, que tem R$ 1,1 bilh�o sob gest�o. Para ele, o crescimento dos fundos multimercado, que s� no primeiro trimestre j� captaram mais de R$ 33 bilh�es, deve-se, al�m do cen�rio favor�vel, � maior facilidade com a qual os investidores podem aplicar nesse produto. "Antes, esse nicho era algo restrito ao private banking, a clientes de alt�ssima renda."

Movimento ocorre em fundos de todos os tamanhos

Sandra Blanco, consultora de investimentos da �rama, comenta que esse movimento atinge fundos de diversos tamanhos. "Fundos de casas renomadas e com hist�ricos consolidados est�o atingindo patrim�nios relevantes, mas h� fundos menores que alcan�aram rapidamente um valor que eles n�o esperavam", diz.
Ela tamb�m destaca que, al�m de uma car�ncia maior, os fundos espelho podem ter uma vers�o menos alavancada, como � o caso do Versa Long Biased, do gestor Luiz Alves, que fechou na casa dos
R$ 150 milh�es e lan�ou um espelho chamado "Fit". Se o Versa comprar ou vender 20% do patrim�nio em uma a��o, por exemplo, o Fit faz o mesmo com 10% do fundo. Por isso, � mais adequado aos investidores iniciantes e com menos apetite a risco.
Nem sempre, por�m, o fundo lan�a um espelho - o que pode levar a uma corrida nas semanas finais. � o caso do Mara�, da Bahia Asset Management (ex-BBM Investimentos), que ir� fechar dia 30 de maio ou ap�s o fundo atingir R$ 6 bilh�es. O produto teve rentabilidade de 250% do CDI nos �ltimos 12 meses. "As capta��es cresceram muito rapidamente", diz o s�cio C�sar Arag�o. "A princ�pio, n�o vamos abrir um novo fundo."
O s�cio da Garde Asset Management Marcelo Giufrida afirma que conseguir manter boas rentabilidades conforme os fundos crescem n�o � uma tarefa mec�nica. No caso dos multimercados, diz, as metas de desempenho s�o, em geral, mais agressivas. "N�o basta apenas multiplicar posi��es nos investimentos." A gestora tem patrim�nio l�quido de R$ 13,44 bilh�es e fechou seu multimercado p�blico em julho de 2017. Segundo o executivo, a liquidez do mercado em que o fundo atua � outro fator que pesa na hora de decidir por aumentar o patrim�nio ou fechar para novas aplica��es. Fundos que investem em a��es de segunda linha, por exemplo, t�m um patamar menor de patrim�nio em rela��o aos multimercados que operam juros e c�mbio. "� preciso avaliar se o tamanho � coerente com a exposi��o em cada mercado." Wahba, da Gar�n, afirma que a atual fase - em que diversos fundos j� atingiram um limite de capta��o - � prop�cia para novos fundos se lan�arem no mercado. O que vale para a pr�pria Gar�n, que abriu seu fundo em setembro, com foco em pessoas f�sicas. "Ao escolher um multimercado, o investidor tem de analisar o gestor, o hist�rico, a rentabilidade, a volatilidade e o n�vel de risco."

D�lar cai 0,41%, a R$ 3,4627; bolsa sobe

O dólar à vista encerrou a sexta-feira em baixa, cotado a R$ 3,4627, com queda de 0,41%. O volume negociado foi forte, alcançou US$ 2,7 bilhões. Na semana, a moeda norte-americana acumulou valorização de apenas 1,58% em relação ao real - apesar de toda a tensão dos últimos dias. O mercado brasileiro de ações mostrou pouco fôlego para avançar na tendência de alta, e o Índice Bovespa terminou a sexta-feira perto da estabilidade, aos 86.444 pontos (0,07%). A desvalorização do dólar ante o real influenciou o mercado de juros futuros.
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