O cobre opera em baixa na manhã desta sexta-feira (27). Além do dólar mais forte, preocupações menores sobre a oferta influem para pressionar os contratos.
Às 7h45min (de Brasília), o cobre para três meses recuava 1,6%, a US$ 6.856 a tonelada. Às 8h08min, o cobre para maio tinha baixa de 1,77%, a US$ 3,0590.
O alumínio, por sua vez, caía 1,6% na LME, a US$ 6.855 a tonelada, continuando a mostrar volatilidade. Os preços avançaram na quinta-feira, em meio a relatos de que Oleg Deripaska, controlador da gigante Rusal, planeja manter seus laços com a companhia, apesar de ter sido alvo de sanções dos Estados Unidos. O governo americano acenou com um relaxamento nas sanções contra a empresa, caso ele se afastasse do negócio.
O cobre recua após a mineradora Freeport-McMoRan indicar que disputas com o governo da Indonésia não haviam afetado a produção na mina Grasberg, a segunda maior do mundo do metal. Recentemente, o governo indonésio propôs novas regras, prevendo que a Grasberg estocasse 90% de seus resíduos no local, mais que os atuais 50%. Isso contradiz as atuais condições de licença das partes e a empresa disse que a mudança não poderia ser feita. Apesar disso, a Freeport disse não ter recebido notificação para interromper a produção, segundo John Meyer, analista da SP Angel.
Já a Norilsk Nickel reportou na quinta-feira que sua produção de cobre subiu 18,5% na comparação anual do primeiro trimestre. Alastair Munro, da Marex Spectron, disse que isso contribui para pressionar o metal. O dólar mais forte em geral também pressiona as commodities, negociadas nessa moeda.
Por outro lado, o avanço lento nas negociações trabalhistas na mina Escondida, da BHP Billiton, poderá apoiar os preços mais adiante. Caso não ocorra um acordo, as partes tentarão dialogar novamente em julho, quando vence os termos atuais do contrato, segundo estrategistas do ING.
Entre outros metais básicos negociados na LME, o zinco subia 0,37%, a US$ 3.146,50 a tonelada, o níquel caía 1,57%, a US$ 14.065 a tonelada, o estanho tinha baixa de 0,23%, a US$ 21.255 a tonelada, e o chumbo caía 0,19%, a US$ 2.334 a tonelada.