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Economia

- Publicada em 24 de Abril de 2018 às 22:18

Caixa reduz em 38% juros para capital de giro

Taxa mínima mensal, que está já em vigor, passou de 1,37% para 0,85%

Taxa mínima mensal, que está já em vigor, passou de 1,37% para 0,85%


/JONATHAN HECKLER/arquivo/JC
A Caixa Econômica Federal anunciou ontem redução de 38% nos juros da linha de capital de giro voltada para médias e grandes empresas. Com isso, a taxa mínima mensal, que já está em vigor, passou de 1,37% para 0,85%. Em nota à imprensa, o presidente da Caixa, Nelson Antônio de Souza, diz que o banco possui R$ 11 bilhões de orçamento para a linha de capital de giro.
A Caixa Econômica Federal anunciou ontem redução de 38% nos juros da linha de capital de giro voltada para médias e grandes empresas. Com isso, a taxa mínima mensal, que já está em vigor, passou de 1,37% para 0,85%. Em nota à imprensa, o presidente da Caixa, Nelson Antônio de Souza, diz que o banco possui R$ 11 bilhões de orçamento para a linha de capital de giro.
"Estamos promovendo uma redução de juros de forma sustentável nas linhas, que beneficiam as médias e grandes empresas, que movimentam grande parte do PIB brasileiro, assim como fizemos com o crédito imobiliário", garante ele. O objetivo da Caixa, conforme a nota, é, a partir do corte nos juros, estimular a atividade econômica e, consequentemente, contribuir para geração de emprego e renda no País.
De acordo com a instituição, a redução das taxas atinge diretamente cerca de 23 mil empresas brasileiras com faturamento superior a R$ 30 milhões por ano. Trata-se da segunda redução de juros que o banco público anuncia desde que Souza passou ao comando da Caixa em substituição a Gilberto Occhi, que assumiu o Ministério da Saúde. Na semana passada, a instituição reduziu os juros do crédito imobiliário para financiamento pessoa física com recursos da poupança.
Já o superintendente nacional do programa Minha Casa Minha Vida da Caixa, Henrique Marra de Souza, manifestou preocupação com projetos que modificam o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Se os quatro projetos que tramitam no Congresso com novas regras para o saque do FGTS forem aprovados, o rombo no fundo poderá chegar a R$ 40 bilhões, estima Marra. O banco público é o operador do FGTS.
Na segunda, o presidente Michel Temer assinou decreto que autoriza pessoas com deficiência a sacarem o fundo para compra de órteses e próteses. E outros quatro projetos circulam no Senado com temas relacionados. Um desses, que permite o saque a quem pede demissão, foi aprovado no dia último dia 11 em comissão do Senado e poderia seguir direto para a Câmara, mas o líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR), e outro senadores apresentaram recurso para que o texto fosse analisado pelo plenário.
"É preciso resgatar o grupo de notáveis que trabalha com crédito imobiliário para mitigar esses riscos (ao FGTS) que estamos vendo. O governo precisa desse 'input' para rediscutir essas situações, que estão muito presentes", disse Marra em seminário da Abrainc (associação das incorporadoras).
O FGTS tem um orçamento aprovado de R$ 330 bilhões nos próximos quatro anos para investimentos em habitação, saneamento e infraestrutura. Segundo Gilberto Duarte de Abreu Filho, presidente da Abecip (associação das entidades de crédito imobiliário), além da pressão regulatória sobre o fundo, a queda dos juros e o desemprego também geram instabilidade no FGTS.
"Uma das principais fontes de renda do fundo é a aplicação no mercado livre, que tem rentabilidade menor com juros baixos. Outra fonte de entrada de dinheiro está ligada ao emprego formal. Então, está entrando menos e ainda há discussões para aumentar a saída", afirma.
Outro projeto no Senado, de autoria de Eduardo Amorim (PSC-PE), quer permitir o saque do fundo para pagamento de empréstimo consignado, de curso de nível superior ou cirurgias essenciais para a saúde. O projeto aguarda designação de relator na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
A proposta do senador Lasier Martins (PSD-RS) quer liberar o saque do FGTS para o pagamento de pensão alimentícia. Pelo texto, o dinheiro só pode ser retirado com autorização da Justiça quando o trabalhador não tiver recursos financeiros. O texto está em análise na CAE.
O projeto do senador Telmário Mota (PDT-RR) possibilitaria a movimentação do fundo nos casos de adoção ou nascimento de filho. O texto aguarda designação do relator na CAE.
 
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