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Economia

- Publicada em 24 de Abril de 2018 às 18:30

Tensões com Irã, balanços e Fed pesam e bolsas de Nova Iorque fecham em baixa

Agência Estado
Os mercados acionários americanos encerraram esta terça-feira (24), em baixa, direcionados por diversos fatores, que emitiram o sinal de venda em Nova Iorque. As tensões geopolíticas entre Estados Unidos e Irã, balanços corporativos e a continuidade da percepção de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) continuará a elevar juros foram monitorados.
Os mercados acionários americanos encerraram esta terça-feira (24), em baixa, direcionados por diversos fatores, que emitiram o sinal de venda em Nova Iorque. As tensões geopolíticas entre Estados Unidos e Irã, balanços corporativos e a continuidade da percepção de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) continuará a elevar juros foram monitorados.
O índice Dow Jones fechou em queda de 1,74%, aos 24.024,13 pontos; o S&P 500 recuou 1,34%, aos 2.634,56 pontos; e o Nasdaq cedeu 1,70%, aos 7.007,35 pontos. A volatilidade voltou a dar as caras com mais intensidade e o índice VIX avançou 10,53%, aos 18,05 pontos, próximo do nível simbólico de 20 pontos.
Em coletiva de imprensa na Casa Branca, o presidente dos EUA, Donald Trump, reforçou que o Irã não pode ter permissão para desenvolver armas nucleares. Mas foram os comentários do presidente da França, Emmanuel Macron, que chamaram a atenção do mercado. O líder francês disse aceitar o acordo atual entre as potências e Teerã, mas sinalizou que a iniciativa poderia ser melhorada. A sugestão de Macron emitiu sinais ao mercado de que o pacto poderia ser mudado para que os EUA continuem nele. O petróleo, que vinha operando em forte alta nas últimas semana passou a cair. Acompanhando o movimento, a Chevron recuou 0,84% e a ExxonMobil caiu 1,53%.
A possibilidade de os EUA se retirarem do pacto nuclear acendeu o sinal de alerta em Teerã. O ministro de Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif, afirmou que se Washington deixar o acordo o Irã não estará mais preso às obrigações internacionais do pacto, o que permitiria uma retomada das atividades de enriquecimento de urânio pelo país persa, além dos limites impostos pelo acordo.
Além disso, os resultados corporativos do primeiro trimestre pressionaram as bolsas. "Nossas recentes conversas com investidores sugeriram que, enquanto a maioria dos agentes esperava que a atual temporada de balanços fosse forte, isso já estava precificado. Por isso, é improvável que os lucros impulsionem o desempenho dos mercados", afirmaram analistas do BofA Merrill Lynch.
Nesse sentido, nem mesmo os lucros acima do previsto da Alphabet (ação caiu 4,77%) e da Caterpillar (ação caiu 6,20%) auxiliaram um retorno às compras. Empresas que apresentaram balanços acima do esperado anunciaram perspectiva de desaceleração dos resultados nos próximos trimestres.
Balanços e petróleo à parte, o Fed também ecoou nos negócios. Apoiado pela expectativa de que o Fed irá elevar os juros mais rapidamente nos EUA, o yield da T-note de 10 anos atingiu a marca psicológica de 3% durante a manhã. Na avaliação do diretor da Wagner Investimentos, José Faria Júnior, "para causar um desconforto grande nas bolsas, esse juro teria que estar em 3,25%, mas o nível psicológico de 3% gera um alerta de inflação mais forte e de alta de juros".
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