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Porto Alegre, segunda-feira, 23 de abril de 2018.

Jornal do Com�rcio

Economia

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Ind�stria

Not�cia da edi��o impressa de 24/04/2018. Alterada em 23/04 �s 22h40min

Venda de ve�culos deve desacelerar no Pa�s

Previs�o para o ano todo � um crescimento de 11,7% nas vendas

Previs�o para o ano todo � um crescimento de 11,7% nas vendas


/PORTO DO RIO GRANDE/DIVULGA��O/JC
O presidente da Associa��o Nacional dos Fabricantes de Ve�culos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, afirmou ontem que o mercado de ve�culos deve apresentar taxas menores de crescimento das vendas no segundo semestre, em compara��o com as taxas que est�o sendo registradas no primeiro semestre. A justificativa � o fato de o segundo semestre do ano passado ter mostrado resultados superiores aos do primeiro semestre do ano passado.
Os meses do ano j� encerrados, que v�o de janeiro a mar�o, apresentaram expans�o de 15,6% em rela��o a igual per�odo do ano passado. "S�o taxas que provavelmente n�o v�o se repetir no segundo semestre", disse o executivo.
A previs�o para o ano inteiro � de alta de 11,7%, estimativa que est� mantida pela Anfavea, em raz�o da expectativa de taxas menores no restante do ano. Megale participou de evento do setor em S�o Paulo, realizado pela editora AutoData.
Segundo Megale, com o atraso na defini��o do Rota 2030, nova pol�tica do governo para a ind�stria automobil�stica, o setor come�a a se desorganizar. "Quando a coisa n�o est� alinhavada com o governo, come�amos a ter iniciativas independentes", disse o executivo.
O Rota 2030 � um programa que vem sendo discutido desde o ano passado entre as empresas e o governo, e tem o objetivo de definir regras para a cadeia automotiva por um per�odo de 15 anos. Um dos pontos em discuss�o envolve incentivos fiscais para investimentos em pesquisa e desenvolvimento.
Previsto inicialmente para ser lan�ado no segundo semestre do ano passado, o programa demora para ser finalizado porque o Minist�rio da Fazenda resiste em oferecer redu��es de tributos, em um momento em que o governo se esfor�a para equilibrar as contas p�blicas.
Em defesa do incentivo, Megale argumentou que as montadoras s�o multinacionais que v�o decidir investir onde for mais barato. "E hoje n�s temos um problema de custo", afirmou o presidente da Anfavea. Segundo ele, os investimentos que ocorrem hoje foram decis�es tomadas l� atr�s.
O presidente da Anfavea e os presidentes das montadoras associadas ter�o uma reuni�o hoje, com o presidente Michel Temer. A ideia � discutir o Rota 2030. No entanto, nada ser� assinado no encontro. Recentemente, Temer prometeu anunciar o programa em maio.
O secret�rio de Desenvolvimento e Competitividade Industrial, do Minist�rio da Ind�stria, Com�rcio Exterior e Servi�os (Mdic), Igor Calvet, garantiu, nesta segunda-feira, que as discuss�es em torno do Rota 2030 ser�o finalizadas e o programa ser� anunciado em breve. "O Rota 2030 vai sair. � um compromisso do governo com o Pa�s", disse Calvet.

Brasil e Argentina podem ter acordo para convergir regula��o

O secret�rio de Desenvolvimento e Competitividade Industrial do Minist�rio da Ind�stria, Com�rcio Exterior e Servi�os (Mdic), Igor Calvet, acredita que Brasil e Argentina poder�o fechar, em meados deste ano, um acordo para converg�ncia regulat�ria no setor automotivo.
A converg�ncia regulat�ria, segundo ele, envolve a defini��o de par�metros similares para seguran�a veicular e emiss�es de gases poluentes, para que as f�bricas instaladas nos dois pa�ses possam produzir de acordo com as mesmas normas. O assunto foi discutido entre os dois governos na semana passada. Uma pr�xima reuni�o est� marcada para junho.
O acordo, disse o secret�rio, vai incluir um plano de a��es, para detalhar de que forma se dar� a converg�ncia regulat�ria. As declara��es de Calvet foram feitas durante apresenta��o em evento do setor automotivo em S�o Paulo.
O presidente da Volkswagen para a Am�rica do Sul, Pablo Di Si, afirmou que as mudan�as, se confirmadas, devem ampliar o prazo de vig�ncia e aumentar o flex, nome que o setor d� para a quantidade de d�lares que o Brasil pode exportar para a Argentina a cada US$ 1 importado de l�.
A �ltima vez que o acordo foi renovado, em 2016, estabeleceu que o flex seria de 1,5. Isso significa que, para cada US$ 1 importado das f�bricas argentinas, as brasileiras podem exportar US$ 1,5. O combinado foi que a rela��o se manteria at� 2019, com uma eleva��o para 1,7 nos �ltimos 12 meses de vig�ncia, que se encerrariam em junho de 2020.
Agora, o governo brasileiro quer elevar o flex e ampliar o prazo. Na opini�o do presidente da Volkswagen, o novo flex dever� ficar entre 1,5 e 2, com a possibilidade de haver um aumento gradual a cada ano. Di Si afirmou que, se dependesse dele, o flex aumentaria a cada ano at� chegar a 2 em 2030.
As discuss�es entre Brasil e Argentina em torno do acordo ocorrem meses depois de o governo argentino ter come�ado a cobrar garantias das empresas que n�o estavam respeitando o flex. Como o mercado brasileiro estava em queda, havia pouca demanda por carros argentinos. Do outro lado, o mercado argentino crescia e demandava cada vez mais carros brasileiros. O desequil�brio fez com que a propor��o chegasse a algo pr�ximo de 2 entre julho de 2015 e junho de 2017.
Di Si nega que as conversas para ampliar o flex tenham sido motivadas pelo desequil�brio. No entanto, ele disse que as garantias cobradas s�o uma forma de restringir o com�rcio. A Volkswagen foi uma das montadoras que receberam a notifica��o do governo argentino.
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