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Economia

- Publicada em 23 de Abril de 2018 às 14:23

Bolsas da Europa fecham em alta enquanto monitoram política monetária

Agência Estado
Os mercados acionários europeus encerraram o pregão desta segunda-feira, 23, em alta. A política monetária em solo americano continuou a atrair as atenções dos investidores, em meio à percepção de que a inflação nos Estados Unidos ganhará força e que, com isso, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) aceleraria o ritmo de alta de juros. Apesar disso, autoridades monetárias em solo europeu sinalizaram que não devem seguir o ritmo de aperto visto nos EUA.
Os mercados acionários europeus encerraram o pregão desta segunda-feira, 23, em alta. A política monetária em solo americano continuou a atrair as atenções dos investidores, em meio à percepção de que a inflação nos Estados Unidos ganhará força e que, com isso, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) aceleraria o ritmo de alta de juros. Apesar disso, autoridades monetárias em solo europeu sinalizaram que não devem seguir o ritmo de aperto visto nos EUA.
Traçado esse cenário, o índice pan-europeu Stoxx-600 fechou com avanço de 0,37%, aos 283,27 pontos.
A percepção de que as altas de juros em solo americano podem ser aceleradas ganhou impulso no fim da semana passada. Os preços fortes do petróleo, do níquel, do aço e do alumínio geraram a impressão de que a inflação poderá subir com mais força nos EUA. O Livro Bege, documento do Fed que mostra a situação economia em casa um dos distritos do banco central, corroborou a visão de que as tarifas sobre as importações americanas de aço e alumínio podem impactar os preços, já que alguns empresários relataram que os metais já estão ficando mais caros.
Apesar de iniciarem o pregão em queda, as ações europeias continuaram blindadas aos possíveis movimentos do Fed, ao menos por enquanto, devido às falas do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, e do presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês). Os dois mostraram sinalizações favoráveis a uma política monetária mais acomodatícia e inibiram os sinais hawkish vindos dos EUA nas bolsas europeias. Carney atribuiu as futuras altas de juros do BoE ao Brexit, que tem um cenário conturbado pela frente, enquanto Draghi afirmou que um amplo grau de estímulos ainda é necessário na zona do euro.
Com o rendimento da T-note de 10 anos no maior nível desde janeiro de 2014 e próximo da marca simbólica de 3%, investidores na Europa se atentaram a indicadores da atividade no continente. De acordo com a IHS Markit, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto (indústria e serviços) da zona do euro se manteve em 55,2 de março para abril, surpreendendo analistas, que esperavam Ieda para 54,8. Já o PMI composto da Alemanha subiu de 55,1 para 55,3.
Para o analista chefe de mercados da CMC Markets UK, Michael Hewson, os indicadores não devem ter muita influência na reunião de política monetária do BCE., na quinta-feira. "A principal preocupação dos formuladores de políticas deve estar no fato de que a pressão inflacionária dentro da zona do euro continua benigna em um momento em que a melhor parte da história recente do crescimento econômico parece estar no espelho retrovisor", disse o economista.
Já os estrategistas do BBVA apontam que, durante a reunião do BCE desta semana, os dirigentes devem discutir a confiança do consumidor e dos negócios, que apresentou fraqueza no primeiro trimestre, após um fim de ano positivo em 2017. No entanto, o banco espanhol alerta que, mesmo com os indicadores um pouco mais fracos neste início de ano, "é muito cedo para detectar uma reversão na tendência ascendente da atividade", visto que a recuperação nos mercados de trabalho e no comércio exterior continuou a dar as caras.
Os indicadores acima do esperado deram a base para que os investidores se desfizessem de bônus soberanos europeus, em linha com a onda vendedora de Treasuries, que ganhou força no fim da semana passada. O juro do Gilt de 10 anos subiu de 1,481% na sexta-feira para 1,539% e o yield do Bund alemão de 10 anos avançou de 0,593% para 0,639%. No entanto, Hewson alerta que se os retornos começarem a subir muito rapidamente, "a recuperação econômica que já está começando a mostrar sinais de fadiga pode começar a desacelera ainda mais e ser sufocada completamente".
O subíndice bancário do Stoxx 600 apresentou ganho de 0,75%, para 179,89 pontos nesta segunda-feira. De acordo com a CMC Markets UK, "as ações do setor bancário conseguiram registrar um dia razoavelmente decente, ajudadas pelo aumento dos rendimentos dos títulos soberanos europeus". Em Londres, o Royal Bank of Scotland subiu 0,62% e ajudou o FTSE-100 a fechar em alta de 0,42%, aos 7.398,87 pontos, no maior nível em dois meses. Já em Frankfurt, o DAX encerrou com ganho de 0,25%, aos 12.572,39 pontos, ajudado pelo Commerzbank (+2,94%) e pelo Deutsche Bank (+0,97%).
No âmbito geopolítico, os mercados monitoraram o abrandamento das tensões entre EUA e China ajudou, à medida que autoridades americanas podem ir a Pequim se reunir com autoridades chinesas. O índice CAC-40, da bolsa de Paris, ganhou 0,48%, aos 5.438,55 pontos. Em Milão, o índice FTSE-MIB encerrou o dia com alta de 0,64%, aos 23.982,52 pontos.
Na bolsa de Madri, o índice Ibex-35 fechou com avanço de 0,38%, aos 9.922,00 pontos, enquanto o PSI-20, de Lisboa, subiu 0,30%, aos 5.544,44 pontos.
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