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Economia

- Publicada em 18 de Abril de 2018 às 12:45

Relator admite que não há votos na Câmara para aprovar autonomia do BC

Autonomia teria resistência não só na oposição, como na própria base aliada

Autonomia teria resistência não só na oposição, como na própria base aliada


PEDRO LADEIRA/AFP/JC
Agência Estado
Escolhido relator na Câmara do projeto sobre autonomia do Banco Central, o deputado Celso Maldaner (PMDB-SC) admitiu nesta quarta-feira (18) que governo não tem votos suficientes para aprovar a proposta na Casa. Segundo ele, há resistência não só na oposição, como na própria base aliada, que se recusa a votar a matéria em ano eleitoral.
Escolhido relator na Câmara do projeto sobre autonomia do Banco Central, o deputado Celso Maldaner (PMDB-SC) admitiu nesta quarta-feira (18) que governo não tem votos suficientes para aprovar a proposta na Casa. Segundo ele, há resistência não só na oposição, como na própria base aliada, que se recusa a votar a matéria em ano eleitoral.
"Hoje não tem voto para votar. O sentimento que tenho ao conversar com os colegas é que não passa.", afirmou o emedebista. De acordo com ele, deputados da base e da oposição que se posicionam contra a matéria argumentam que o próximo presidente da República eleito é que deve definir o tema "Eles acham que o presidente que assumirá é que tem que ter autonomia total", disse.
Além da resistência ao mérito do projeto, Maldaner ressaltou que o ano eleitoral atrapalha a tramitação da matéria. Desde março, a Câmara só tem realizado sessões de votações às terças-feiras e quartas-feiras, pois a maioria dos deputados tem dado preferência a cumprir agendas em suas bases eleitorais. Além disso, a oposição segue obstruindo as sessões em protesto contra prisão do ex-presidente Lula (PT).
O relator informou que, na próxima terça-feira, 24, terá reunião com o atual presidente do BC, Ilan Goldfajn, e diretores do banco para tratar do projeto. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que é favorável à proposta, também deve participar do encontro. Somente após a reunião é que Maldaner pretende começar a fazer seu parecer que irá a votação. "Por enquanto está em estudo", disse.
O projeto do governo sobre autonomia do BC prevê mandatos fixos para diretores da instituição, sem recondução. A primeira diretoria com mandato fixo começaria os trabalhos em 2020. A ideia é que, na primeira formação, os diretores tenham mandatos com prazos diferentes. Alguns permaneceriam na função por 7 ou 8 anos, enquanto outros ficariam por 5 ou 4 anos. Todos os diretores seguintes teriam mandato de 4 anos.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), vinha defendendo o estabelecimento de uma meta adicional para o BC, ligada à atividade econômica. Na semana passada, porém, ele afirmou que "meta para o PIB" não vai ter, mas disse que o governo estuda um "referencial de nível de emprego". O Broadcast apurou que o BC mantém-se contrário ao mandato duplo, mesmo que seja inflação e emprego.
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