O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, destacou ontem, durante evento nos Estado Unidos, que a economia brasileira passa por três fenômenos positivos: a inflação baixa, a taxa de juros menor e a recuperação econômica.

Ao abordar especificamente a inflação, Goldfajn voltou a citar os riscos presentes no cenário básico do BC, que dizem respeito à inércia e à frustração com as reformas.

Ao mesmo tempo, Goldfajn reforçou que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC vê um corte adicional da Selic (a taxa básica de juros) como adequado para o próximo encontro do colegiado, em maio. Para os encontros posteriores, ele também repetiu que o Copom vê como apropriado interromper o ciclo de cortes para avaliação dos próximos passos.

"O Copom entende que a política monetária deve balancear duas dimensões", afirmou. "Convergência da inflação para as metas em ritmo adequado e assegurar um ambiente de inflação baixa, mesmo em caso de choques adversos."

Ao avaliar o cenário global, o presidente do BC retomou a ideia, presente em suas comunicações mais recentes, de que a perspectiva é benigna, mas que este cenário não vai durar para sempre.

Ele citou ainda uma perspectiva de consistente recuperação da atividade no Brasil, com a inflação convergindo para meta. Além disso, destacou os progressos significativos do País no campo das reformas e ajustes da economia. "O Brasil deve continuar no caminho para sustentar a inflação baixa, uma taxa de juros estrutural baixa e a recuperação econômica", defendeu.

O presidente do BC estará nos EUA até o dia 21 de abril para participar de eventos ligados às reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. Ele também se reunirá com investidores.