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Porto Alegre, segunda-feira, 16 de abril de 2018.

Jornal do Com�rcio

Economia

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Com�rcio exterior

Not�cia da edi��o impressa de 17/04/2018. Alterada em 16/04 �s 20h46min

Balan�a comercial teve super�vit de US$ 13,9 bilh�es

De janeiro a mar�o, principal comprador do Pa�s foi o mercado chin�s

De janeiro a mar�o, principal comprador do Pa�s foi o mercado chin�s


/JOHANNES EISELE/AFP/JC
O saldo da balança comercial ficou em US$ 13,9 bilhões no primeiro trimestre de 2018, resultado inferior ao superávit de US$ 14,4 bilhões registrado no mesmo período de 2017. Os dados são do Indicador do Comércio Exterior (Icomex), divulgado ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Em termos de valor, as exportações diminuíram o ritmo de crescimento, passando de um avanço de 24,3% no primeiro trimestre de 2017 para alta de 7,8% no primeiro trimestre de 2018. Já as importações mantiveram a taxa de crescimento de aproximadamente 12%.
No primeiro trimestre deste ano, a China foi o principal destino das exportações brasileiras, recebendo 23,2% do total exportado. O País respondeu ainda por 19,8% das importações brasileira, atrás da União Europeia, com uma fatia de 20,7%. O Icomex tem como objetivo contribuir para a avaliação do nível de atividade econômica do País, por meio da análise mais aprofundada dos resultados das importações e exportações.
"A análise dos indicadores de comércio no primeiro trimestre mostra que o ritmo de crescimento das exportações em termos de volume é menor do que em 2017 com melhor desempenho para o grupo de não commodities. Nas importações há sinais de que a desvalorização da taxa de câmbio efetiva real está atenuando o crescimento das importações em uma fase de lenta recuperação do nível de atividade", avaliou Lia Valls, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV). Os preços de exportações passaram de um crescimento de 18,6% no primeiro trimestre do ano passado para alta de 12,3% no primeiro trimestre deste ano.

Lamy v� risco limitado na guerra comercial EUA-China

Ex-diretor-geral da OMC disse que Brasil aceitou o jogo de Trump

Ex-diretor-geral da OMC disse que Brasil aceitou o jogo de Trump


NICHOLAS RATZENBOECK/AFP/JC
O ex-diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) Pascal Lamy avalia que o risco de guerra comercial entre Estados Unidos e China existe, porém é limitado muito mais por causa da postura "racional" de Pequim que da forma como Washington conduz a política externa.
"Há forças dentro da economia dos EUA que veem uma guerra comercial como danosa para a economia americana. A segunda razão é porque os chineses são extremamente racionais e eles têm se comportado na direção de não haver uma escalada de tensões", afirmou Lamy, em coletiva de imprensa nesta tarde de segunda-feira, 16, em São Paulo. Lamy acredita ainda que a postura do presidente da China, Xi Jinping, de prometer uma maior abertura à economia global vem no sentido de tentar conter o ímpeto do homólogo americano, Donald Trump. "Trump parece ter gostado do que Xi prometeu na semana passada, de abrir o país. Mas pode ter mudado de ideia. Não acompanho o Twitter a cada minuto", comentou.
Na avaliação do ex-diretor-geral da OMC, é incerto imaginar o que Trump anseia para o órgão. "Ainda não é possível saber o que Trump está buscando - se são vantagens comerciais específicas para os EUA ou se ele quer implodir a OMC, para voltar ao antigo modelo de negociações comerciais bilaterais. Essa é a grande questão", disse.
Diante desse impasse, Lamy, que deixou a OMC em 2013 e atualmente é consultor de geopolítica, traça dois cenários possíveis para as tensões comerciais. Em um deles, vai prevalecer a ideia dos EUA e os países terão de negociar bilateralmente com Washington. Em outro, a OMC e o sistema de comércio mundial multilateral sai fortalecido. "Ainda é imprevisível. Não temos a resposta", disse.
O ex-diretor-geral da OMC afirmou que o Brasil "aceitou o jogo dos Estados Unidos" em relação ao aço, o que é "natural" em processos como estes. "É uma negociação e o Brasil aceitou o jogo de forma voluntária", afirmou Lamy.
 

Impostos seriam respons�veis por contrabando de cigarros do Paraguai

A baixa carga tribut�ria do Paraguai � a principal respons�vel pela elevada produ��o de cigarros no pa�s vizinho e a consequente entrada ilegal do produto no Brasil. A afirma��o foi feita em Foz do Igua�u, durante o evento Mercado Ilegal - Crime Transnacional no Cone Sul. Com participa��o de �rg�os governamentais e especialistas brasileiros e sul-americanos, o encontro discute os impactos do contrabando na economia do Brasil e pa�ses vizinhos.
A carga tribut�ria paraguaia, de 16%, � vista como fator determinante para a produ��o em massa de tabaco. Em pa�ses vizinhos, os impostos chegam a at� 90%, como � o caso em alguns estados do Brasil. Na Argentina, � de 70% e, no Chile, 80%. Com consumo estimado anualmente em 2,5 bilh�es de cigarros, o pa�s produz 60 bilh�es e tem capacidade de produ��o instalada de 100 bilh�es de cigarros em suas mais de 35 f�bricas.
"Ningu�m quer impor regras a pa�s vizinho, mas que elas sejam as mesmas. N�o se sustentam os processos com assimetrias t�o graves", afirmou Edson Vismona, presidente do Instituto Brasileiro de �tica Concorrencial (Etco).
Hoje, 48% do mercado brasileiro de cigarros � dominado por marcas contrabandeadas, que chegam ao consumidor final por at� R$ 2,50, enquanto o pre�o m�nimo estabelecido no pa�s � o dobro disso. "� inaceit�vel que o mercado esteja entregue ao crime organizado. Quem se beneficia disso n�o � o Paraguai, mas as organiza��es criminosas", afirmou.
No Chile, a ilegalidade domina 22% do mercado e, na Argentina, 14,2%. Contribuem para o �ndice brasileiro ser maior o fato de ter 800 km de fronteira seca com o Paraguai, o que facilita o ingresso de produtos ilegais, e ter um mercado populacional mais atraente. "O Paraguai produz 20 vezes mais do que consome de cigarros, o que gera perdas milion�rias aos vizinhos", disse Sergio Piris, vice-presidente da associa��o civil antipirataria da Argentina.
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