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Porto Alegre, quinta-feira, 12 de abril de 2018.

Jornal do Com�rcio

Economia

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Com�rcio Exterior

Not�cia da edi��o impressa de 13/04/2018. Alterada em 12/04 �s 22h24min

EUA deve fixar cota para o a�o brasileiro

Wilbur Ross reconheceu que Brasil n�o � problema para Washington

Wilbur Ross reconheceu que Brasil n�o � problema para Washington


/ERNESTO BENAVIDES/AFP/JC
Os Estados Unidos indicaram ao Brasil que vão adotar um sistema de cotas para a entrada de aço importado sem restrição tarifária. A sinalização foi dada pelo secretário de comércio dos EUA, Wilbur Ross, em reunião com o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira. Na conversa, o secretário reconheceu que o Brasil "não é um problema" para Washington na questão do aço e, por isso, terá o benefício. O governo brasileiro comemorou.
Após a crise comercial provocada pelo governo Donald Trump ao sobretaxar a entrada de aço importado em 25%, o imbróglio parece que começa a se resolver. Nesta quinta-feira, Ross indicou que Washington tem interesse em resolver rapidamente a situação do Brasil no tema e propôs a adoção de um sistema de cotas para o aço de países que não são considerados "problema". Brasil e Coreia do Sul foram mencionados, sendo que as conversas com os coreanos estão mais avançadas. Representantes dos dois governos estão em Lima, no Peru, para participar da VIII Cúpula das Américas.
Nesse novo sistema de cotas, Washington não adotará nenhuma sobretaxa para o aço previsto na cota de cada País. A solução não deverá beneficiar China, Índia e Rússia. Ações de siderúrgicas reagiram positivamente e fecharam o dia em alta. Ao chanceler, o secretário norte-americano reconheceu que o aço do Brasil não é um problema para o governo Trump. O argumento é que, apesar de ser exportador do produto, a relação comercial entre os dois países é favorável para os EUA. Além disso, as empresas brasileiras têm investimentos no país, inclusive com geração de empregos no segmento siderúrgico.
Os EUA são os maiores compradores de aço brasileiro, e as tarifas podem gerar perda anual de US$ 1,1 bilhão. O governo brasileiro argumenta que as sobretaxas sobre seu aço vão prejudicar diretamente as siderúrgicas americanas. Elas compram do Brasil mais de 80% do produto sob a forma semiacabada para transformar em peças e vender a fabricantes de eletrodomésticos, automóveis e outros. Além disso, o Brasil importa US$ 1 bilhão em carvão dos EUA, usado na fabricação de aço.
O governo brasileiro acredita que o novo sistema deve ser anunciado até o fim do mês - quando termina a isenção temporária ao material vindo do Brasil. Caso as negociações se estendam, o secretário dos EUA indicou ao Brasil que eventual sobretaxa teria compensação tributária posterior.
 
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