O contrato futuro de ouro alcançou o nível mais alto em quase dois meses nesta quarta-feira, em meio a uma busca por ativos considerados mais seguros após as crescentes tensões entre os Estados Unidos e a Rússia sobre a questão síria.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para entrega em junho avançou 1,05%, a US$ 1.360,00 por onça-troy, no maior patamar desde fevereiro.
Na manhã desta quarta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou atacar a Síria com mísseis. Em mensagem no Twitter, ele também criticou a Rússia por ser aliada do regime de Bashar al-Assad, acusado nos últimos dias de responsabilidade em um ataque com armas químicas contra civis sírios.
"A Rússia se compromete a derrubar quaisquer mísseis disparados na Síria. Fique preparada, Rússia, porque eles estão vindo, belos e novos e "inteligentes"!", afirmou Trump em sua mensagem. "Vocês russos não deveriam ser parceiros do Animal Assassino do Gás Assad, que mata seu povo e gosta disso!", disse.
De acordo com o HSBC, os preços do ouro devem subir moderadamente neste ano, com os investidores buscando abrigo contra as tempestades geopolíticas. O banco prevê aumentos modestos em 2018 e 2019, após forte demanda no ano passado, à medida que vários riscos globais, da tensão comercial à volatilidade dos mercados, aumentam a demanda.
"Nossa nova previsão média para 2018 é de que o ouro termine cotado a US$ 1.329, enquanto, em 2019, deve terminar cotado a US$ 1.340 por onça-troy", disse o economista-chefe do HSBC para metais preciosos, James Steel. "O mais importante é o apelo do ouro em tempos de risco e volatilidade: as tensões comerciais e geopolíticas, em particular, tendem a ser favoráveis", afirmou.