Em evento nesta quinta-feira, na sede da Embrapa, em Brasília, o presidente Michel Temer comemorou a certificado internacional do Brasil de zona livre de febre aftosa com vacinação. Em 20 de maio, em Paris, na França, as ações brasileiras para eliminar a doença do rebanho brasileiro serão solenemente reconhecidas na Sessão Geral da Assembleia Mundial da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Na ocasião, o País deverá ser reconhecido como livre da doença, com vacinação.
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, destacou que o Brasil tem mercado firme, mas que, com a declaração de livre de aftosa, o País vai "começar a acessar outros mercados, que pagam melhor". "Isso tem um simbolismo importante", acrescentou.
Em abril, o Brasil completa 12 anos sem ocorrência de casos de febre aftosa no rebanho. Em maio, Amazonas, Roraima, Amapá e parte do Pará deverão receber o reconhecimento internacional da OIE, passando a integrar todo o território brasileiro na condição de livre de febre aftosa, com vacinação. Santa Catarina está um nível acima, livre de febre aftosa, sem vacinação.
No próximo dia 1 de maio, a maioria dos estados brasileiros começam mais uma etapa de vacinação contra febre aftosa. Todo o rebanho de bovinos e búfalos, de todas as idades (219 milhões de animais), deverá ser vacinado no próximo mês, com exceção de Acre, Espírito Santo e Paraná, que imunizarão apenas os animais de até 24 meses. Em novembro, a maioria dos estados vacinará os animais de até 24 meses.
A partir de maio de 2019, o Acre e Rondônia, além de municípios do Amazonas e Mato Grosso, iniciam a suspensão da vacinação. A previsão é que os produtores parem de vacinar o rebanho após maio de 2021 e o País inteiro seja reconhecido pela OIE como livre de aftosa sem vacinação até maio de 2023.
Na cerimônia desta quinta-feira, Temer e Maggi lançaram o selo dos Correios em comemoração à condição sanitária do Brasil de país livre da febre aftosa com vacinação.