O presidente da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva, afirmou ontem que est� otimista com um poss�vel acordo com a Boeing. "Existe um desafio de atender aos requisitos de todas as partes, mas estou otimista", comentou a jornalistas ap�s evento da empresa.
O executivo reiterou que n�o h� um prazo certo para que as empresas fechem a estrutura do eventual neg�cio. Embora reconhe�a que o mercado demanda certa agilidade nas negocia��es, Silva salientou que a opera��o � complexa e dever� atender �s expectativas de todas as partes.
Ainda de acordo o presidente da Embraer, a mudan�a do ministro da Defesa - de Raul Jungmann pelo general Joaquim Silva e Luna - n�o atrapalhou o andamento dos trabalhos com o grupo t�cnico, que seguem "muito bem". "As conversas continuam, estamos trabalhando firme com grupo t�cnico."
As conversas em torno da fus�o continuam centradas na �rea de defesa da companhia brasileira, tanto do ponto de vista da soberania do governo do Brasil quanto da sustentabilidade do neg�cio. Na leitura de fontes pr�ximas ao neg�cio, as discuss�es t�m sido "construtivas" e houve evolu��es. Por�m, n�o h� clareza sobre quando um acordo poderia ser alcan�ado, embora o melhor cen�rio seja encerrar o processo junto ao governo brasileiro at� o in�cio da campanha eleitoral, afirmam as fontes.
A Embraer realizou ontem a primeira entrega da aeronave E190 E2, da nova gera��o dos E-Jets, para a companhia escandinava Wider�e. Com atua��o no mercado de avia��o regional, a a�rea ser� a primeira a operar o novo modelo da Embraer j� a partir deste m�s, com voo inaugural. A Wider�e det�m um contrato com a fabricante brasileira para at� 15 jatos E2, sendo tr�s pedidos firmes para o E190-E2 e direitos de compra para 12 aeronaves da nova gera��o. O pedido tem um pre�o de lista potencial de at� US$ 873 milh�es, se todos os direitos de compra forem exercidos.
A Embraer det�m outros 71 pedidos firmes para o E190-E2. O novo modelo de corredor �nico da Embraer, com capacidade para 97 a 114 assentos, recebeu certifica��o de tr�s autoridades aeron�uticas - a Anac, a europeia Easa e a norte-americana FAA - para opera��o comercial. De acordo com a fabricante, os E190 E2 devem gerar redu��o de dois d�gitos nos custos operacionais com manuten��o e consumo de combust�vel por assento frente aos jatos da primeira gera��o.