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Porto Alegre, ter�a-feira, 03 de abril de 2018.

Jornal do Com�rcio

Economia

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Ind�stria

Not�cia da edi��o impressa de 04/04/2018. Alterada em 03/04 �s 23h28min

Venda de ve�culos novos no primeiro trimestre � a maior desde 2015

De janeiro a mar�o, foram emplacadas 545,5 mil unidades, alta de 15,6% sobre o mesmo per�odo de 2017

De janeiro a mar�o, foram emplacadas 545,5 mil unidades, alta de 15,6% sobre o mesmo per�odo de 2017


/ELZA FI�ZA/ABR/JC
O mercado brasileiro de ve�culos novos terminou o primeiro trimestre deste ano com o maior n�mero de vendas para o per�odo desde 2015. Foram 545,5 mil unidades emplacadas, crescimento de 15,6% em rela��o a igual intervalo do ano passado, mostra balan�o divulgado ontem pela Federa��o Nacional de Distribui��o de Ve�culos Automotores (Fenabrave), que considera os segmentos de autom�veis, comerciais leves, caminh�es e �nibus.
Com o resultado, a federa��o decidiu revisar sua previs�o para o desempenho do mercado no ano todo. A proje��o, que antes era de expans�o de 11,8%, passou para avan�o de 15,2%.
S� em mar�o, as vendas tiveram alta de 9,6% em rela��o a igual m�s do ano passado. Trata-se do 11� m�s seguido de expans�o do mercado em compara��es interanuais - o m�s de um ano contra igual m�s do ano anterior. No total, foram vendidas 207,3 mil unidades, o maior volume para mar�o desde 2015.
Na m�dia di�ria, o crescimento das vendas � ainda mais expressivo, uma vez que mar�o deste ano contou com dois dias �teis a menos. O ritmo de emplacamentos por dia chegou a 9,8 mil unidades, alta de 20,1% em rela��o � m�dia de mar�o do ano passado. Em rela��o a fevereiro, as vendas cresceram 32,2%. Na m�dia di�ria, o avan�o � de 19,6%.
Entre os segmentos, a venda dos chamados ve�culos leves, que somam os autom�veis e os comerciais leves e representam mais de 90% do mercado total, atingiu 200,1 mil unidades, expans�o de 8,8% na compara��o com mar�o do ano passado e de 31,9% em rela��o a fevereiro. No acumulado do ano, o avan�o � de 14,6%, para 527,3 mil unidades.
No caso dos pesados, os caminh�es somaram 5,9 mil emplacamentos no terceiro m�s de 2018, alta de 44,8% sobre o volume de mar�o de 2017 e de 45,3% em compara��o com fevereiro. O ano acumula a venda de 14,6 mil unidades, alta de 51,6%.
Os �nibus, por sua vez, atingiram 1,3 mil unidades vendidas em mar�o, avan�o de 11,9% em rela��o a mar�o do ano passado e de 17,9% sobre o resultado de fevereiro. No primeiro trimestre, os emplacamentos somam 3,5 mil unidades, crescimento de 40% em rela��o a igual per�odo do ano passado.

Minist�rio da Ind�stria tenta emplacar transi��o de tr�s anos para Rota 2030

O Minist�rio da Ind�stria (Mdic) busca um novo formato para o programa de incentivos ao setor automotivo, o Rota 2030. Diante da resist�ncia do Minist�rio da Fazenda em conceder benef�cios ao setor, tenta emplacar uma transi��o de tr�s anos para a adapta��o das montadoras a um ambiente sem incentivos tribut�rios no investimento em inova��o.
A ideia, segundo Igor Calvet, secret�rio de desenvolvimento industrial, foi fechada em viagem de Michel Temer a Pernambuco no �ltimo dia 23, quando o presidente e os ministros Henrique Meirelles (Fazenda) e Marcos Jorge Pereira (Ind�stria) visitaram a f�brica da Fiat. Em Bras�lia, por�m, t�cnicos afirmam que a transi��o n�o � alvo de concord�ncia.
Durante a transi��o, as empresas que investirem em inova��o receberiam cr�ditos, que poderiam ser abatidos do pagamento de impostos. A Receita Federal quer restringir o uso desses cr�ditos ao abatimento de IR (Imposto de Renda) e CSLL.
Na vers�o do Mdic, o uso desses cr�ditos seria mais amplo por tr�s anos, o que permitiria que as empresas abatessem outros tipos de impostos. Uma fonte t�cnica afirma que, na pr�tica, isso faria com que as montadoras seguissem operando no mesmo regime do Inovar Auto, programa que expirou no fim do ano ap�s ser condenado na OMC (Organiza��o Mundial do Com�rcio). Ou seja, quem estiver no Brasil e investir aqui, poder� pagar menos imposto do que um importado. E � justamente essa diferen�a entre nacional e importado que foi condenada na OMC.
Diante disso, � pouco prov�vel que as equipes t�cnicas de Fazenda e Casa Civil aceitem a transi��o. Nem mesmo a data do an�ncio, prevista pelo Mdic para o pr�ximo dia 12, � ponto de converg�ncia.
No Minist�rio da Fazenda, a proposta � de uma "Lei do Bem turbinada". Isto �, os cr�ditos ser�o usados apenas para IR e CSLL, por�m poderiam ser abatidos num prazo mais estendido. Hoje, as empresas que participam da Lei do Bem t�m um ano para usar o benef�cio.
As montadoras se queixam, porque alegam sofrer preju�zo no Brasil e, assim, n�o teriam como usufruir do benef�cio sobre IR.
O Mdic tamb�m tenta emplacar descontos adicionais de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) a partir de 2022 para as montadoras que cumprirem exig�ncias de seguran�a veicular e emiss�es. Mas neste ponto tamb�m h� diverg�ncia.
A proposta � que a empresa seja beneficiada pelo desconto, mas a Receita Federal quer restringir o abatimento ao produto que foi inovado. Este � um ponto que ainda n�o foi solucionado.
Segundo Calvet, programas similares nos EUA e na Europa tratam os benef�cios no n�vel da empresa, e restringi-los aos produtos seria uma "jabuticaba".
Os �nicos pontos de converg�ncia firmados at� agora s�o os descontos para os carros h�bridos e el�tricos, que hoje pagam IPI de 25% e passariam, com a proposta, a pagar 7%. Essa decis�o depende da edi��o de um decreto, mas o Mdic quer esperar o desenho do novo Rota 2030 para lan��-lo.
Tamb�m j� foi acordado que as empresas que acumularam cr�ditos no ano passado possam us�-los neste ano. A Procuradoria da Fazenda Nacional defende que � necess�rio um ato legal para permitir o abatimento, uma vez que o Inovar Auto acabou em dezembro e que o novo programa ainda n�o existe.
Segundo Calvet, s�o R$ 400 milh�es que est�o "pesando" nos balan�os das empresas, o que dever� ser solucionado.
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