"Os empreendedores deverão ser os principais responsáveis pelo alento esperado no mercado de trabalho neste ano. Das 2 milhões vagas a serem abertas, 1 milhão dos empregos serão criados por empregadores, trabalhadores por conta própria e microempresas." Maurício Molan, economista-chefe do Santander.
"Neste ano, a expectativa do banco é que 2,5 milhões de empresas sejam criadas no País, enquanto a ocupação como um todo deverá ter um aumento de 2,2%. A melhora esperada para a economia brasileira deve até ajudar a sustentar o avanço deste brasileiro empreendedor. No ano passado, 33% da mão de obra ocupada trabalhava por conta própria ou em microempresas. Neste ano, essas duas categorias vão responder por 50% das posições de trabalho criadas em 2018." Também Maurício Molan.
"O governo passou a restringir novas contratações. A realização de concursos públicos, que estava suspensa desde 2016 em razão da piora nas contas públicas, está sendo retomada neste ano, mas apenas para preencher vagas abertas pela saída de servidores. A realização de novos concursos continuará no próximo ano, limitada à vacância, servidores que deixaram o setor público no ano de 2017." Esteves Colnago, ministro do Planejamento.
"O aumento do gasto com pessoal nos últimos anos, em relação à receita corrente líquida, está relacionado ao forte crescimento da folha salarial do governo, aliado a uma queda da arrecadação - fruto da recessão econômica. A evolução passada é em boa parte compreensível. O problema foi o governo não acreditar em sua própria política econômica, pois, diante da expectativa de queda de inflação, concedeu reajustes salariais expressivos." José Roberto Afonso, pesquisador do IBRE/FGV.
"Porém esse cenário não preocupa, pois, com o fim da recessão, a arrecadação do governo deve melhorar e a relação entre o gasto com pessoal e a RCL, cair . Além disso, o governo não deve repetir o erro de conceder aumentos salariais muito expressivos aos servidores." Também José Roberto Afonso.