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Porto Alegre, quarta-feira, 11 de abril de 2018.

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Not�cia da edi��o impressa de 12/04/2018. Alterada em 11/04 �s 20h35min

CNT apresenta trechos esquecidos pelo governo

M�s condi��es das rodovias s�o resultado do baixo n�vel de investimento realizado

M�s condi��es das rodovias s�o resultado do baixo n�vel de investimento realizado


/CNT/DIVULGA��O/JC
O que leva uma ligação rodoviária a aparecer de forma frequente nas últimas posições da Pesquisa CNT de Rodovias durante 14 anos? Para responder a essa pergunta, a confederação produziu o estudo Rodovias Esquecidas do Brasil - Transporte Rodoviário. O levantamento selecionou as 15 ligações rodoviárias esquecidas das 109 avaliadas pela Confederação Nacional do Transporte (CNT).
Como critério, adotou-se a regra de que a extensão deveria ser majoritariamente de jurisdição federal e que aparecesse por, pelo menos, quatro vezes entre as 20 últimas posições do ranking de classificação de ligações da Pesquisa CNT de Rodovias nas edições publicadas entre 2004 e 2017. Durante esse período, foram realizadas 13 pesquisas utilizando os mesmos métodos de avaliação, o que permitiu a construção de uma base de dados ampla o suficiente para verificar a evolução da qualidade das ligações selecionadas.
O presidente da CNT, Clésio Andrade, diz que a superação desses problemas requer fortes investimentos em infraestrutura. "O quadro apresentado pela CNT nesse estudo é dramático, pois demonstra a incapacidade do Estado de promover a melhoria das rodovias brasileiras, o que leva à perpetuação das deficiências na infraestrutura de transporte."
A conclusão mostra que as más condições das rodovias que compõem as ligações se devem ao baixo nível de investimento realizado pelo governo federal. Apesar de 67,9% do orçamento federal aportado especificamente nas ligações ser destinado a ações de manutenção, os recursos são insuficientes para promover a melhoria da qualidade oferecida aos usuários.
A CNT calcula que sejam necessários R$ 5,8 bilhões apenas para solucionar os principais problemas identificados nessas rodovias. Assim, para recuperar apenas as piores ligações rodoviárias do País, é necessário destinar a essas ações prioritárias o equivalente a 69,7% do recurso autorizado pelo governo federal para intervenções rodoviárias em 2017.

Recurso destinado � quatro vezes inferior ao sugerido

Os investimentos federais nas 15 piores liga��es rodovi�rias do Brasil foram quatro vezes inferiores aos recursos sugeridos pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) entre 2004 e 2017. Para promover uma manuten��o rodovi�ria simples, o Dnit estima que s�o necess�rios, em m�dia, R$ 308 mil por quil�metro. Entretanto foram investidos somente R$ 66,5 mil por quil�metro por ano para a realiza��o de todos os tipos de interven��es nas rodovias que comp�em as liga��es selecionadas durante o per�odo analisado. Liga��o rodovi�ria � um trecho formado por uma ou mais rodovias, com grande import�ncia para o transporte de cargas e de passageiros.
O estudo da CNT aponta que o investimento total do governo federal identificado nessas liga��es foi de R$ 5,7 bilh�es nos 14 anos avaliados. O valor representa somente 5,9% do destinado para todas as rodovias federais no mesmo per�odo. A an�lise por tipo de interven��o do Or�amento Geral da Uni�o tamb�m mostra que as obras de manuten��o e recupera��o das rodovias consumiram o maior montante do valor destinado �s liga��es entre 2004 e 2017: 67,9%. As a��es de adequa��o participaram com um percentual de 28,5%, enquanto as constru��es de contornos rodovi�rios e de obras de arte (pontes e viadutos) ficaram com a menor parcela, 3,6%. A forma como as a��es or�ament�rias passaram a ser cadastradas no Or�amento Geral da Uni�o, a partir de 2012, dificultaram a an�lise de dados de investimentos rodovi�rios no Brasil. Antes desse per�odo, os recursos eram alocados por rodovia. Contudo o governo passou a registrar os montantes por estado, procedimento que permite maior flexibilidade para a execu��o dos investimentos em infraestrutura rodovi�ria, por�m n�o permite verificar em quais rodovias eles foram aplicados.
Conforme o estudo, � poss�vel que alguns trechos das rodovias que comp�em as liga��es tenham recebido mais investimentos, mas, como eles n�o est�o discriminados no or�amento, n�o � poss�vel precisar o valor exato do recurso recebido. "Independentemente da destina��o por rodovia ou estado, percebemos que os aportes para as 15 piores liga��es rodovi�rias foram muito inferiores �s necessidades das vias. Considerando que elas passam por pontos estrat�gicos do Pa�s, � mais que necess�rio que o governo aumente a destina��o de recursos, contribuindo, assim, para o desenvolvimento nacional e o do setor transportador", avalia o diretor executivo da CNT, Bruno Batista.

Veja as 15 piores liga��es rodovi�rias entre 2004 e 2017:

  1. Açailândia (MA) Miranda do Norte (MA)
  2. Araguaína (TO) Picos (PI)
  3. Barracão (PR) Cascavel (PR)
  4. Dourados (MS) Cascavel (PR)
  5. Florianópolis (SC) Lages (SC)
  6. Governador Valadares (MG) João Neiva (ES)
  7. Jataí (GO) Piranhas (GO)
  8. Maceió (AL) Salgueiro (PE)
  9. Manaus (AM) Boa Vista (RR) Pacaraima (RR)
  10. Marabá (PA) Dom Eliseu (PA)
  11. Marabá (PA) Wanderlândia (TO)
  12. Poços de Caldas (MG) Lorena (SP)
  13. Porto Velho (RO) Rio Branco (AC)
  14. Rio Brilhante (MS) Porto Murtinho (MS)
  15. Salvador (BA) Paulo Afonso (BA)
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