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Política

- Publicada em 28 de Março de 2018 às 13:29

Lula quis transformar o Brasil em galinheiro e agora colhe os ovos, diz Bolsonaro

Cerca de 200 apoiadores de Bolsonaro o carregaram nos ombros aos gritos de 'mito' e 'presidente'

Cerca de 200 apoiadores de Bolsonaro o carregaram nos ombros aos gritos de 'mito' e 'presidente'


Heuler Andrey/AFP/JC
O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) atravessou os 70 passos que separam a porta do saguão de desembarque do aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais (PR), até a rua onde estava estacionado o caminhão de som dos seus simpatizantes, sem por os pés no chão.
O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) atravessou os 70 passos que separam a porta do saguão de desembarque do aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais (PR), até a rua onde estava estacionado o caminhão de som dos seus simpatizantes, sem por os pés no chão.
Os cerca de 200 apoiadores do presidenciável o carregaram nos ombros aos gritos de "mito" e "presidente". Bolsonaro não falou com a imprensa, fez apenas um breve discurso em cima do veículo, em que atacou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reivindicou o direito do cidadão de andar armado e pediu voto impresso na eleição de outubro. Ele também vestiu uma faixa presidencial.
Bolsonaro fez menção aos ataques sofridos pela caravana de Lula, atingida por ovos em discursos no Sul do País. "Lula quis transformar o Brasil num galinheiro. Agora está colhendo os ovos", disse. Ele não falou diretamente sobre os tiros disparados contra dois ônibus da caravana petista, nesta terça-feira (27).
O direito de atirar, porém, não ficou de fora do discurso. Bolsonaro defendeu que "a Polícia Militar, em defesa do povo, atire para matar". "Nós faremos voltar a valer a força", declarou. O deputado usou uma metáfora para dizer que derrotará os opositores de esquerda. "Agora vão ver a direita. Vão levar um cruzado de direita."
Ao pisar em solo paranaense, Bolsonaro foi recepcionado pelo também deputado federal Fernando Francischini, que é do estado e tentará uma vaga no Senado pegando carona na popularidade de Bolsonaro e no prestígio da Operação Lava Jato. O ex-delegado da Polícia Federal e ex-secretário de Segurança do Paraná também discursou e chamou de bandidos os integrantes da caravana de Lula.
O deputado paranaense, porém, também esteve na boca de condenados na Lava Jato. Em uma conversa entre o ex-deputado Luiz Argolo e o doleiro Alberto Yousseff, o parlamentar diz que está fechando um acordo "que acho que vai dar certo" e menciona o colega paranaense. "Francischini fica na liderança fazendo o papel combinado com a gente e eu farei como primeiro vice-líder o encaminhamento em prol do governo e do Palácio. Já falou comigo."
O papel de Francischini, segundo Argolo, seria defender interesses da OAS. Argolo foi preso e condenado por receber propina da empreiteira. Francischini não foi indiciado pelos colegas da Polícia Federal.
O ex-senador Delcídio do Amaral também citou Francischini. Ele afirmou em delação premiada que teve a informação de que o deputado e ex-secretário de Segurança do Paraná fazia parte de um grupo de parlamentares que pedia dinheiro para barrar requerimentos de convocação de empresário na CPI da Petrobras. O deputado negou as acusações.
Do lado de fora, ambulantes vendiam camisetas com o rosto do pré-candidato estampado. A unidade custava R$ 39, mas uma promoção anunciava três por R$ 100.
Lula era o alvo principal dos militantes. Um homem de chapéu e botas brancas levava consigo uma caixa com uma dúzia de ovos onde estava impressa a imagem do ex-presidente. Em um ponto, pelo menos, os ativistas pró-Bolsonaro e os lulistas estão do mesmo lado. Assim como nos protestos do PT, a imprensa foi alvo. O canto preferido é "o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo", usado por petistas em outras campanhas.
Bolsonaro seguirá ainda nesta quarta de carro até Ponta Grossa, no interior paranaense, onde é esperado em outro evento.
Folhapress
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