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Política

- Publicada em 28 de Março de 2018 às 09:45

Lava Jato denuncia presidente da Fecomércio do Rio de Janeiro

Agência Estado
A força-tarefa da Operação Lava Jato, no Rio, denunciou o presidente da Fecomércio-RJ, Orlando Diniz, por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O ex-governador Sérgio Cabral e mais onze investigados também são acusado por crimes como corrupção e/ou lavagem de dinheiro. A informação foi divulgada pelo Ministério Público Federal nesta terça-feira (27). 
A força-tarefa da Operação Lava Jato, no Rio, denunciou o presidente da Fecomércio-RJ, Orlando Diniz, por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O ex-governador Sérgio Cabral e mais onze investigados também são acusado por crimes como corrupção e/ou lavagem de dinheiro. A informação foi divulgada pelo Ministério Público Federal nesta terça-feira (27). 
Diniz foi preso na Operação Jabuti, que revelou mais um braço da Organização Criminosa comandada por Cabral no Rio de Janeiro. Como presidente da Fecomércio, segundo a força-tarefa, ele teria sido responsável pelo desvio de pelo menos R$ 10 milhões dos cofres públicos.
Para a Lava Jato, "Orlando Diniz é detentor de poder político e econômico, como gestor do sistema Fecomércio/Sesc/Senac no Rio, conta com orçamento anual de cerca de R$ 1 bilhão, e possui estreitas ligações com Cabral".
"Não por acaso é vizinho do ex-governador no luxuoso prédio do Leblon, na Rua Aristides Espíndola, e no conhecido Condomínio Portobello, em Mangaratiba, apesar de ter negado essa relação estreita e ate mesmo a relação de vizinhança em seu interrogatório prestado perante a autoridade policial", afirma a força-tarefa.
A denúncia aponta que o presidente da Fecomércio "valeu-se por diversas vezes do esquema de lavagem de dinheiro que tinha a frente os operadores financeiros de Cabral, ocultando e dissimulando a origem ilícita de mais de R$ 3 milhões". A Lava Jato indica que Diniz desviava recursos públicos federais do orçamento do Sesc e do Senac e que, a pedido do ex-governador, contratou funcionários "fantasmas" em um esquema que movimentou quase R$ 6 milhões.
Desde 2003, Diniz contratou, a pedido de Cabral, diversas pessoas como funcionários "fantasmas", ou seja, que recebiam salários mas nunca prestaram serviços para o Sesc ou o Senac, ou prestavam serviços no interesse particular do ex-governador.
"Os elementos colhidos já apontam para a conclusão de que Sérgio Cabral, no exercício do seu mandato como governador ou a pretexto de exercê-lo, solicitou e aceitou vantagens indevidas para si e para outrem, para exercer o seu cargo com especial atenção para os interesses privados do presidente da Fecomércio. Orlando Diniz, por sua vez, ofereceu vantagens indevidas para determinar o referido agente público à prática de atos de ofício, legítimos ou não", pontuam os procuradores da força-tarefa, Eduardo El Hage, Fabiana Schneider, Felipe Bogado, José Augusto Vagos, Leonardo de Freitas, Marisa Ferrari, Rafael dos Santos, Rodrigo Timóteo, Sérgio Pinel, Stanley Valeriano da Silva e Almir Teubl Sanches.
Na denúncia apresentada hoje Orlando Diniz é acusado de cinco crimes de corrupção ativa, dois de lavagem de dinheiro e crime de organização criminosa. Cabral é apontado por cinco crimes de corrupção passiva, dois de lavagem de ativos. Outros denunciados por lavagem de dinheiro são: Ary Filho, Carlos Miranda, Jaime Luiz Martins, João do Carmo Monteiro Martins e Manuel João Pereira. Também são denunciados por corrupção: Wilson Carlos Cordeiro da Silva Carvalho, Ary Ferreira da Costa Filho, Sérgio Castro de Oliveira, Sônia Ferreira Baptista, Carla Carvalho Hermansson, Ione Brasil Macedo e Gladys Silva Falci de Castro Oliveira.
Os procuradores da Lava Jato também vão abrir novas investigações para apurar outras irregularidades, como os pagamentos que Diniz passou a fazer por serviços pagos pela Sesc ou Senac sem licitação ou comprovação de que foram realizados em proveito das finalidades dessas instituições, seus beneficiários ou servidores.
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