Mais de 2,8 mil convencionais do PP devem escolher neste sábado, no teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa, o pré-candidato ao governo do Estado nas eleições de 2018. Dois nomes disputam a vaga de candidato a governador: o advogado Antônio Weck e o deputado federal Luis Carlos Heinze.
O diretório estadual espera que mais de 3 mil militantes passem pelo evento, que começa às 9h e vai até as 18h. O filiados com direito a voto representam 471 dos 497 municípios gaúchos. Podem votar os presidentes municipais da sigla, vereadores, vice-prefeitos, prefeitos, dois delegados por cidade, os 152 membros do diretório estadual, a senadora Ana Amélia Lemos (PP), entre outros.
A decisão sobre qual vai ser o candidato do PP a governador acontece na mesma semana em que o partido entregou os cargos no governo José Ivo Sartori (PMDB). Na última terça-feira, o presidente do Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul (IPE), Otomar Vivian, e os secretários dos Transportes, Pedro Westphalen, e da Agricultura, Ernani Polo, entregaram os cargos no primeiro e segundo escalão.
Os dois pré-candidatos do PP têm viajado pelo interior do Estado, na tentativa de angariar votos junto à militância. Weck concentrou esforços nas regiões que apresentam maior número dos seus apoiadores, no Litoral Norte e no Vale dos Sinos. Heinze recebeu apoio de prefeitos da região das Missões (sua base eleitoral) e viajou para outras localidades, como por exemplo a serra gaúcha.
O advogado de 56 anos tem se apresentado no partido como a "cara nova da política". Já o deputado federal valoriza sua experiência como prefeito de São Borja e como parlamentar na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados.
Outra diferença entre os dois é que Weck admite a possibilidade de ser vice em outra chapa. Há uma ala no PP gaúcho que defende a coligação com o PSDB, que tem como pré-candidato a governador o ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite. Aliás, a maior liderança da sigla, a senadora Ana Amélia Lemos, defende essa tese, pois teme que o PP se isole ao lançar uma candidatura própria.
Por outro lado, Heinze não abre mão da cabeça de chapa. Para corroborar sua tese, cita a pesquisa realizada pela executiva estadual, que constatou que 92,6% dos militantes desejavam lançar um nome para disputar o Palácio Piratini. O mesmo levantamento indicou Luis Carlos Heinze como o favorito dos filiados para concorrer, com 18,73% da preferência entre os quadros da legenda.