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Política

- Publicada em 07 de Março de 2018 às 23:47

Salário mínimo regional pode sofrer perda de 0,7% em três anos

Na Assembleia, sindicalistas reclamaram de 'achatamento' salarial

Na Assembleia, sindicalistas reclamaram de 'achatamento' salarial


/GAB. DEP. LUIZ FERNANDO MAINARDI/DVULGAÇÃO/JC
Marcus Meneghetti
Depois de o governo José Ivo Sartori (PMDB) protocolar na Assembleia Legislativa o projeto que reajusta em 1,81% o salário-mínimo regional, centrais sindicais solicitaram ao deputado estadual Luiz Fernando Mainardi (PT) que apresentasse uma emenda ao texto, elevando o índice para 4,17%. Em um evento no plenarinho, ontem, os sindicalistas reclamaram do "achatamento" do piso regional causado pelos reajustes concedidos pela gestão Sartori. Se o reajuste proposto pelo Palácio Piratini neste ano for aprovado, o mínimo regional pode acumular perdas de 0,7%.
Depois de o governo José Ivo Sartori (PMDB) protocolar na Assembleia Legislativa o projeto que reajusta em 1,81% o salário-mínimo regional, centrais sindicais solicitaram ao deputado estadual Luiz Fernando Mainardi (PT) que apresentasse uma emenda ao texto, elevando o índice para 4,17%. Em um evento no plenarinho, ontem, os sindicalistas reclamaram do "achatamento" do piso regional causado pelos reajustes concedidos pela gestão Sartori. Se o reajuste proposto pelo Palácio Piratini neste ano for aprovado, o mínimo regional pode acumular perdas de 0,7%.
O reajuste deste ano ficou 0,2% abaixo da inflação. Em 2017 (período usado para calcular a reposição deste ano), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) indicou aumento nos preços de 2,07%. 
"O projeto que veio do Palácio Piratini provoca o achatamento salarial, pois o reajuste de 1,81% está abaixo da inflação medida pelo INPC , gerando perda ao mínimo regional", criticou o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Claudir Nespolo.
Nespolo complementou: "O reajuste que estamos propondo recompõe o poder de compra do piso regional, pois passaria a representar novamente 1,28 salário-mínimo nacional. O momento é oportuno, pois os indicadores econômicos estão dando sinais de retomada da economia". Mainardi reconheceu que "o esforço é para, no mínimo, conseguir a reposição da inflação, para manter o poder de compra dos trabalhadores".
Os dois projetos de correção do piso apresentados pelo governo do peemedebista, aprovados em 2016 e 2017, totalizaram 0,5% de desvalorização no mínimo regional. O reajuste de 2016 foi de 9,61%; a inflação do período, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), foi de 11,31%. Portanto o salário-mínimo regional se desvalorizou 1,5% em relação à inflação. O reajuste de 2017 foi de 6,48%, e o INPC marcou crescimento de 5,44%. Neste caso, houve aumento real de 1%.
O secretário do Planejamento, Governança e Gestão, Carlos Búrigo (PMDB), explicou que, como os empresários e sindicalistas não chegaram a um acordo nas negociações mediadas pelo Piratini, o governo resolveu conceder o mesmo reajuste que o governo federal deu ao mínimo nacional. O piso regional do Paraná também foi reajustado em 1,81%. 
Em outros estados, a correção foi maior. Em Santa Catarina, empresários e sindicalistas chegaram a um acordo em torno de 2,95% de reajuste, elevando a primeira faixa salarial do piso para R$ 1.110,00. Em São Paulo, o reajuste foi de 2,99%, elevando a primeira faixa para R$ 1.108,38. E, no Rio de Janeiro, a Assembleia Legislativa aprovou aumento de 5%. 
O deputado Elton Weber (PSB) também negocia com o governo uma emenda ao projeto do piso, reajustando-o em 2,95%, o que corresponde à inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA).
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