Sempre fui um otimista com o futuro do Brasil - alguns até me chamavam de "Velhinha de Taubaté". Hoje, mudei; e a razão é simples: o meu profundo desencanto e descrença na qualidade dos nossos governantes - cuja maioria, na minha opinião, não seria aprovada no exame do Enem -, mas que foram treinados para servir-se sem servir, locupletando-se conforme vimos no mensalão e na Lava Jato, que revelaram as entranhas dos bastidores da política, em que prevalecem os conchavos, o desrespeito à Pátria, a destruição de valores éticos e morais.
Para piorar, em 1990, os mentores do Foro de São Paulo, constituído para comunizar a América Latina pelo modelo Cuba, ressuscitaram o ideário de Antonio Gramsci com o objetivo de obter a hegemonia do pensamento de esquerda na América Latina.
Passadas quase três décadas, o resultado desse processo cruel foi a destruição da cidadania, em que temos uma massa hegemônica de brasileiros reduzidos a meros seres biológicos dos quais foi retirada a capacidade de pensar e de exercer um voto consciente. Neste quadro, os donos do poder - apátridas - constituem uma minoria que, muito bem organizada, se mantém no poder às custas de eleitores não qualificados, cujo resultado é o Brasil que aí está!
A escolha dos candidatos às eleições, via de regra, é feita por nanicos desonestos e despreparados que controlam a máquina partidária da qual a maioria é ficha suja. Vejo com pessimismo o quadro sucessório deste ano, num contexto de deterioração política e de um passivo econômico e social sem precedentes. Resultado: País endividado com poupança zero, inclusive dos estados, incapaz de disponibilizar a infraestrutura material e humana indispensáveis para o desenvolvimento. Infelizmente, o Brasil deixou o futuro passar: em vez de olhar o exemplo dos países vencedores - EUA, China, Coreia do Sul etc. -, contentando-se com a situação dos países perdedores.
Empresário