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Internacional

- Publicada em 22 de Março de 2018 às 22:42

Martín Vizcarra chega ao Peru para assumir a presidência

Engenheiro civil estava no Canadá, onde atuava como embaixador

Engenheiro civil estava no Canadá, onde atuava como embaixador


/CRIS BOURONCLE/AFP/JC
O engenheiro civil Martín Vizcarra desembarcou em Lima nesta quinta-feira para receber um presente de grego. Na véspera de seu aniversário, ganhou o mandato de presidente da República, depois da renúncia, na quarta-feira, de Pedro Pablo Kuczynski, o PPK, que não conseguiu permanecer no cargo por mais do que 19 meses.
O engenheiro civil Martín Vizcarra desembarcou em Lima nesta quinta-feira para receber um presente de grego. Na véspera de seu aniversário, ganhou o mandato de presidente da República, depois da renúncia, na quarta-feira, de Pedro Pablo Kuczynski, o PPK, que não conseguiu permanecer no cargo por mais do que 19 meses.
O ponto de partida para isso começou a se desenhar há mais de seis meses, quando surgiram indícios de que PPK teria recebido propina da brasileira Odebrecht por meio de uma de suas empresas. 
Antes de embarcar de Ottawa, no Canadá, onde servia como embaixador, para Lima, Vizcarra disse estar indignado pela situação de seu país. "Tenho a convicção de que, juntos, demonstraremos mais uma vez que poderemos seguir em frente. Volto ao Peru para me colocar à disposição do país, respeitando a Constituição."
De classe média, Vizcarra, que deve ser empossado nesta sexta-feira, nasceu em Lima, mas toda a família dele é de Moquegua, no Sul. Passou a maior parte da vida profissional no setor da construção. Em 2010, decidiu se candidatar a governador. Ganhou a eleição e se destacou no cargo, fazendo de Moquegua um modelo na área de educação. Sua atuação nessa área o levou a entrar no radar de PPK.
Em princípio, foi designado para a pasta de Transporte. Assim como outros ministros, sofreu fortes pressões do fujimorismo - o Força Popular, partido de Keiko Fujimori, conseguiu derrubar, por vias legais, cinco ministros e um primeiro-ministro. Para poupá-lo, PPK o alçou a vice-presidente e designou-o para a embaixada no Canadá. Quando a crise se agravou, em dezembro, antes da primeira moção de vacância, Vizcarra voltou ao país, jurou lealdade ao chefe e disse que renunciaria caso Kuczynski fosse afastado.
Para o professor de ciência política Fernando Tuesta, a chegada de Vizcarra marca o início de "um outro governo". Seu principal desafio será "tomar medidas concretas para evitar ser dependente do fujimorismo".
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