Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Internacional

- Publicada em 20 de Março de 2018 às 15:21

Nicolas Sarkozy é detido pela polícia

O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, de 63 anos, foi detido ontem pela polícia para interrogatório. As autoridades investigam a denúncia de que sua vitoriosa campanha eleitoral de 2006 foi financiada pela Líbia - à época, governada pelo ditador Muammar Kaddafi, morto nos protestos violentos de 2011.
O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, de 63 anos, foi detido ontem pela polícia para interrogatório. As autoridades investigam a denúncia de que sua vitoriosa campanha eleitoral de 2006 foi financiada pela Líbia - à época, governada pelo ditador Muammar Kaddafi, morto nos protestos violentos de 2011.
Essa investigação está aberta desde 2013, no rastro das informações publicadas um ano antes pelo site Mediapart, que trazia um documento líbio apontando o financiamento ilegal. É a primeira vez que o ex-presidente conservador depõe sobre o caso.
Sarkozy, que foi presidente de 2007 a 2012, diz que a denúncia é "grotesca". Um de seus aliados próximos, Brice Hortefeux, ex-ministro do Interior, também foi interrogado.
Há outras denúncias de financiamento ilegal de Sarkozy, desta vez em relação à campanha eleitoral de 2012, quando foi derrotado pelo socialista François Hollande. A acumulação de denúncias é uma das razões pelas quais Sarkozy não venceu as primárias de seu partido, os Republicanos, para disputar o pleito do ano passado.
Em novembro de 2016, durante aquelas primárias, surgiu uma das denúncias mais graves neste caso, com o depoimento do intermediário Ziad Takieddine - que afirmou ter transportado o equivalente a R$ 20 milhões em espécie de Trípoli, na Líbia, a Paris.
Segundo o jornal francês Le Monde, o ex-presidente está nas dependências da polícia judiciária em Nanterre, no oeste de Paris. Ele pode ser mantido no local por dois dias para interrogatório, segundo a legislação francesa de "garde à vu", uma custódia policial. É possível que ele precise depôr a um juiz antes de ser solto.
O governo francês descreve a custódia policial como "medida de privação de liberdade durante uma investigação judicial". Entre seus objetivos está a garantia da aparição do investigado diante da Justiça. Também se busca impedir, dependendo do caso, a destruição de evidências ou a coerção de testemunhas. O instrumento se parece, assim, com a prisão temporária brasileira, que tem duração máxima de cinco dias para os crimes comuns.
O Le Monde sugere que a detenção desta terça-feira pode ser um indício de que a Justiça francesa tem novas provas sobre a denúncia, somadas a centenas de documentos e depoimentos. Pode ser, portanto, um episódio decisivo na carreira do ex-presidente conservador.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO