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- Publicada em 15 de Março de 2018 às 21:41

Recanto Europeu será revitalizado na Redenção

Alagamentos chegam a levar três dias para serem escoados, devido à falta de obras de drenagem

Alagamentos chegam a levar três dias para serem escoados, devido à falta de obras de drenagem


FREDY VIEIRA/JC
Isabella Sander
Mais um espaço do Parque da Redenção será revitalizado pelo Sindicato da Indústria e da Construção Civil (Sinduscon-RS). Nos próximos meses, será a vez de o Recanto Europeu, localizado próximo ao auditório Araújo Vianna, receber melhorias. Será feito trabalho de intervenção conservativa no Chafariz Imperial, drenagem para evitar alagamentos, restauração dos bancos e ajardinamento do local. Com as melhorias, o chafariz voltará a ter quedas d'água.
Mais um espaço do Parque da Redenção será revitalizado pelo Sindicato da Indústria e da Construção Civil (Sinduscon-RS). Nos próximos meses, será a vez de o Recanto Europeu, localizado próximo ao auditório Araújo Vianna, receber melhorias. Será feito trabalho de intervenção conservativa no Chafariz Imperial, drenagem para evitar alagamentos, restauração dos bancos e ajardinamento do local. Com as melhorias, o chafariz voltará a ter quedas d'água.
O projeto, que conta com recursos captados através da Lei de Incentivo à Cultura, está em processo de aprovação no Conselho Municipal de Cultura de Porto Alegre. A estimativa é que seja aprovado em cerca de 30 dias, e que o trabalho comece a ser feito em junho. As intervenções devem durar de três a quatro meses.
O Chafariz Imperial é a última das oito fontes instaladas na cidade no século XIX a resistir. As estruturas foram feitas após a criação da Companhia Hidráulica Porto-Alegrense, em 1866, e serviam para fornecer água potável para a cidade. "Todos se perderam no tempo, menos este. Por isso, tem um valor histórico muito interessante", observa a arquiteta responsável pelo projeto, Verônica di Benedetti.
No diagnóstico feito previamente pela equipe técnica, foram detectadas patologias na estrutura, feita de ferro. As impermeabilizações realizadas com fibra de vidro nas bacias de ferro se perderam e precisam ser remontadas, e há pátinas biológicas e oxidação de forma generalizada nas partes da estrutura onde a água se concentra, como a parte inferior e as carrancas. É preciso fazer a impermeabilização das duas bacias de metal, localizadas na parte superior do monumento, e da bacia de concreto, mais ampla, na parte de baixo.
A última intervenção feita no Chafariz Imperial ocorreu em 1998, e, desde então, nenhum tratamento foi dado à estrutura. O monumento passará por um microjateamento, por tratamento contra a ferrugem e terá nova pintura. O pináculo (parte mais alta) do chafariz sofreu atos de vandalismo - o ferro fundido que o compunha foi quebrado em duas partes. Por isso, a revitalização envolverá também colá-lo e fixá-lo novamente no topo.
Os bancos de praça que circundam o chafariz, que pertenciam ao auditório Araújo Vianna quando este funcionava a céu aberto, na Praça da Matriz, entre 1920 e 1950, serão revitalizados. "Temos umas ações de vandalismo nesses bancos, então queremos colocá-los de novo em condições perfeitas de uso", afirma Verônica. A parte de cima, onde ficam os assentos, é feita de madeira, o que facilita que a estrutura seja quebrada ou apodreça, como efeito das adversidades climáticas.
As pedras portuguesas que compõem a pavimentação do entorno do chafariz apresentam muitas lacunas, vegetação crescendo entre os espaços e afundamento do leito. Essa parte também será refeita. Além disso, a equipe técnica promoverá um trabalho de drenagem da região. "Em épocas de chuva, os alagamentos chegam a levar três dias para serem escoados, o que acaba impedindo que o trabalho paisagístico, conforme foi concebido, seja mantido, já que as vegetações não suportam períodos tão longos de submersão de água", explica a arquiteta. De fato, nesta quinta-feira, quando a reportagem do Jornal do Comércio esteve no local, havia chovido, e as poças d'água eram tão fundas que impediam até mesmo o acesso ao chafariz.
A intervenção paisagística abrangerá a revitalização dos canteiros do Recanto Europeu, que, hoje em dia, perderam seu ajardinamento e contam praticamente apenas com grama, devido ao alagamento. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Smams) fez essa parte do projeto e prevê a plantação de mudas de diferentes tipos, que darão cor ao espaço.
Zalmir Chwartzmann, diretor do Sinduscon-RS, relata que a entidade está em tratativas para, no segundo semestre, revitalizar também a área de acesso ao Araújo Vianna, onde fica um laguinho e há um piso de concreto. Além disso, trabalha para viabilizar a restauração do monumento Laçador, símbolo gaúcho, e da escadaria da rua João Manoel, no Centro Histórico.
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