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Ensino

- Publicada em 07 de Março de 2018 às 19:00

Eleição para reitoria mobiliza estudantes e servidores do IFRS

Instituto atende cerca de 15 mil alunos e oferece 180 cursos técnicos e superiores no Estado

Instituto atende cerca de 15 mil alunos e oferece 180 cursos técnicos e superiores no Estado


Fernando Menegatti/IFRS/Divulgação/JC
Uma intensa campanha, com debates, confrontos em redes sociais, camisetas, adesivos e até jingle. Elementos comuns na disputa por um cargo eletivo da República formam o cenário eleitoral para a escolha do novo reitor do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS). A eleição será realizada nesta quinta-feira (8) nos 17 campi e na Reitoria da instituição, que atende cerca de 15 mil alunos, em 180 opções de cursos técnicos e superiores em diversas regiões do Rio Grande do Sul.
Uma intensa campanha, com debates, confrontos em redes sociais, camisetas, adesivos e até jingle. Elementos comuns na disputa por um cargo eletivo da República formam o cenário eleitoral para a escolha do novo reitor do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS). A eleição será realizada nesta quinta-feira (8) nos 17 campi e na Reitoria da instituição, que atende cerca de 15 mil alunos, em 180 opções de cursos técnicos e superiores em diversas regiões do Rio Grande do Sul.
Concorrem à reitoria os professores Fabricio Sobrosa Affeldt e Júlio Xandro Heck, ambos docentes do campus de Porto Alegre. No IFRS, o processo seletivo é nominal. Ou seja: depois de eleito, o novo reitor será responsável por nomear os cinco pró-reitores da instituição.
A eleição desta quinta é suplementar e foi convocada após o falecimento do então reitor Osvaldo Casares Pinto, eleito em 2015. O candidato vencedor cumprirá um mandato tampão, completando o tempo de mandato para o qual Casares foi eleito, até 2020.
Diferente de instituições mais tradicionais, o sistema de proporcionalidade na eleição do IFRS é tripartite e igualitário. Os votos de professores, servidores técnico-administrativos e alunos tem peso de 1/3 cada na composição do resultado. A representação dos votos é calculada em relação ao total de eleitores do segmento consultado.
Na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), por exemplo, o voto dos docentes tem peso de 70% na escolha do reitor, enquanto servidores e alunos tem peso de 15% cada.
Dentre as particularidades do processo eleitoral, está o comando da Comissão Eleitoral Central. Ela é presidida pelo estudante de Matemática Carlos Eduardo Neves da Silva, de 20 anos, do campus Caxias do Sul. Assim como a proporção de votos, a comissão também tem representação igualitária dos três segmentos entre seus nove membros.
Além de comandar o processo eleitoral, a comissão organizou e transmitiu pela internet dois debates entre os candidatos, realizados nos campi de Bento Gonçalves e Porto Alegre. “Procuramos assegurar um processo amplo, democrático e aberto, garantindo a participação dos estudantes”, diz Carlos Eduardo.

Protagonismo político

Professor Júlio Heck já atuou como diretor de Ensino

Professor Júlio Heck já atuou como diretor de Ensino


Arquivo pessoal/Divulgação/JC
Sem se declarar de situação, embora com apoio de representantes da gestão atual, o professor de Bioquímica Júlio Xandro Heck já foi Diretor de Ensino do IFRS e comandou a Pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação de 2013 a 2016. “Não somos uma candidatura de situação. Representamos um movimento organizado que une várias forças do instituto”, diz o candidato.
Na campanha, Heck defende a importância do papel político do reitor na proteção dos interesses da instituição. “Defendemos os princípios que regem o IF: verticalização do ensino, pesquisa aplicada à projetos que beneficiam a comunidade e a interiorização do ensino”, explica o professor.
Ele defende também maior atuação no Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), fórum representativo da educação profissional e tecnológica federal.

Oposição prega transparência

Fabricio Sobrosa Affeldt

Fabricio Sobrosa Affeldt


Arquivo pessoal/Divulgação/JC
Representando as forças de oposição, o professor de Administração Fabrício Sobrosa diz que sua candidatura representa a união das forças antagônicas à atual gestão. “Na eleição de 2015, eram duas candidaturas de oposição. Nesse pleito, identificamos semelhanças nos programas e nos unimos em uma única”, relata o docente.
Sobrosa já foi pró-reitor adjunto de Desenvolvimento Institucional e diretor de Planejamento Estratégico da Reitoria do IFRS. “Baseamos nossa campanha em três princípios fundamentais: diálogo, transparência e gestão qualificada”, declara o postulante, que diz receber o apoio de pessoas ligadas a movimentos sindicais e de esquerda.
O candidato defende também o protagonismo do IFRS na criação de cursos técnicos integrados com o ensino médio e o apoio na educação de jovens e adultos.

Como votar

Todos os professores, técnicos e alunos que possuem vínculo ativo com o IFRS até o dia da eleição poderão votar no pleito. As urnas estarão abertas das 9h às 21h nos campi e das 9h às 17h na reitoria. O voto é secreto e facultativo e poderá ser exercido com a apresentação documento com foto.
No dia da eleição, a propaganda silenciosa é permitida, mas a boca-de-urna ou a distribuição de qualquer tipo de material relacionado à eleição são proibidas.