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Economia

- Publicada em 29 de Março de 2018 às 14:09

Leilão de petróleo bate recorde e já supera R$ 8 bilhões de arrecadação

Disputa revelou grande concorrência por áreas na Bacia de Campos

Disputa revelou grande concorrência por áreas na Bacia de Campos


AG Petrobras/DIVULGAÇÃO/JC
Com grande concorrência por áreas na Bacia de Campos, a arrecadação do leilão de concessões de petróleo e gás desta quinta-feira (29) já supera R$ 8 bilhões. A disputa foi interrompida por volta das 12h e será retomada à tarde com blocos terrestres.
Com grande concorrência por áreas na Bacia de Campos, a arrecadação do leilão de concessões de petróleo e gás desta quinta-feira (29) já supera R$ 8 bilhões. A disputa foi interrompida por volta das 12h e será retomada à tarde com blocos terrestres.
Apesar da retirada das duas maiores áreas da lista de ofertas do leilão de petróleo pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a arrecadação já é a maior entre todas as rodadas de licitações já promovidas no modelo de concessão. Em 2017, foram R$ 3,8 bilhões.
O resultado levou o secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Félix, a rever a projeção de receita com os leilões de petróleo de 2018 de R$ 6,9 bilhões para R$ 12 bilhões. Em junho, o governo realiza um leilão do pré-sal.
A arrecadação desta quinta é reflexo da grande disputa por áreas com potencial para descobertas no pré-sal na Bacia de Campos, que arrecadou sozinha R$ 7,5 bilhões, ágio de 680,4% em relação ao preço mínimo das áreas.
Os nove blocos oferecidos na bacia foram arrematados. Houve competição por cinco deles. A Petrobras repetiu parceria já feita em 2017 com a americana Exxon e levou quatro blocos na região -a QPI, do Catar, também faz parte do consórcio, que apresentou os maiores ágios.
Ao todo, a estatal arrematou oito blocos na primeira etapa do leilão. "São áreas com muito boas perspectivas, por isso os altos ágios", afirmou o presidente da Petrobras, Pedro Parente. Com a Exxon e a QPI, a estatal foi responsável pelo maior lance do leilão, de R$ 2,8 bilhões.
Na primeira etapa, 22 dos 49 blocos oferecidos foram arrematados. entre as empresas vencedoras, além da Petrobras, há onze estrangeiras de nove diferentes nacionalidades.
O bônus até o momento é de R$ 8,014 bilhões, ágio de 621,9%.
Houve disputa também por áreas na Bacia Potiguar, onde sete das 12 áreas oferecidas foram arrematadas, três delas pela alemã Wintershall, que ainda não tinha áreas exploratórias no Brasil.
SANTOS
Na Bacia de Santos, que teve o número de áreas reduzido de oito para seis após a decisão do TCU, foram arrematados três blocos, com ágio de 235%.
Dois deles por consórcio formado pela americana Exxon e a QPI, do Catar, que gastaram R$ 214,5 milhões.
O consórcio formado pela Chevron, a alemã Wintershall e a espanhola Repsol levou uma terceira área em Santos, por R$ 131,9 milhões.
De acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), as propostas vencedoras garantem um investimento mínimo de R$ 83,7 milhões na exploração das áreas. O valor refere-se a um programa de atividades apresentado pelas empresas junto à proposta financeira.
Na abertura do leilão, governo e ANP pediram desculpas aos investidores pela determinação do TCU (Tribunal de Contas da União) para retirar dois blocos na véspera do leilão.
Localizadas na Bacia de Santos, eram as áreas mais caras, com lance mínimo somado de R$ 3,55 bilhões. "Ficaram de fora as joias do leilão", comentou o ex-diretor da ANP Helder Queiroz.
Félix disse que o governo se reunirá na segunda com o TCU, na tentativa de chegar a um acordo para oferecer as áreas ainda este ano, na quarta rodada de licitações do pré-sal, marcada para junho.
Em seu discurso inicial, Márcio Félix defendeu revisão da lei do pré-sal, que criou o chamado polígono do pré-sal, área de 149 mil quilômetros quadrados em uma faixa de litoral que vai do norte do Rio a Santa Catarina. Nessa região, os contratos devem ser de partilha de produção, que prevê a presença estatal no consórcio.
A retirada das áreas mais caras do leilão foi justificada pelo TCU com o argumento de que parte das estruturas geológicas se estendem para dentro do polígono e não poderiam ser licitadas em contratos de concessão, como os do leilão desta quinta.
"Essa discussão vai ter que entrar na agenda, se não eleitoral, na do próximo governo", afirmou ele.
Folhapress
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